VINTE E DOIS - DÁRIO

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Chiara está de joelhos à minha frente, seu corpo tremendo, coberto de porra dos homens que a usaram. Os gemidos de prazer e satisfação deles ainda ecoam nas paredes, mas agora há um silêncio pesado na sala. Observo-a por um momento, meu olhar fixo em sua figura vulnerável e humilhada. Espero que isso tenha satisfeito os homens. Para mim, isso era mais uma demonstração de poder do que qualquer outra coisa. Ela precisa saber seu lugar, e os outros homens precisam saber que ela é minha.

Me aproximo dela, sentindo um misto de possessividade e satisfação. Pego um lençol e a enrolo com cuidado, minhas mãos sendo surpreendentemente gentis após a brutalidade da noite. Seus soluços são suaves, quase inaudíveis, mas cada um deles ressoa em mim de uma forma estranha.

— Venha, Chiara. — Digo, minha voz baixa mas autoritária. — Vou cuidar de você.

Ela não resiste, deixando-se ser levantada. Seus olhos estão vermelhos de chorar, o rosto manchado de lágrimas e sêmen. A levo nos braços, seu corpo leve e frágil contra o meu, e subo as escadas em direção ao meu quarto. Cada passo é um lembrete do que aconteceu, do controle absoluto que exerço sobre ela.

Chegamos ao meu quarto e a coloco gentilmente na cama. Seu choro continua, os soluços suaves partindo de um lugar profundo de dor e humilhação. Ignoro a sensação incômoda de culpa que ameaça surgir e vou até o banheiro, começando a preparar um banho quente. O som da água enchendo a banheira é quase reconfortante, um contraste bem-vindo com os eventos da noite.

— Chiara, venha. — Chamo-a, minha voz mais suave agora.

Ela levanta o olhar, hesitante, mas obedece. A ajudo a levantar-se da cama e a guio até o banheiro. Quando ela entra na banheira, solta um suspiro de alívio ao sentir a água quente ao redor de seu corpo. Sento-me ao lado da banheira, observando-a enquanto as lágrimas continuam a cair.

— Você fez bem esta noite. — Digo, tentando soar reconfortante. — Os homens estão satisfeitos.

Ela não responde, apenas fecha os olhos e deixa que as lágrimas continuem a cair. Começo a lavar seu corpo com cuidado, cada movimento gentil e meticuloso. As marcas da noite são evidentes em sua pele, e cada uma delas é um lembrete do meu domínio.

— Chiara, olhe para mim. — Ordeno, minha voz firme.

Ela abre os olhos, encontrando os meus. Vejo a dor e a submissão em seu olhar, mas também uma centelha de resistência que me intriga.

— Lembre-se de que você é minha. — Digo, segurando seu queixo. — E enquanto você estiver ao meu lado, vou cuidar de você. Mas nunca esqueça seu lugar.

Ela acena levemente, sua expressão ainda marcada pela dor. Termino de lavar seu corpo, cada toque uma mistura de cuidado e possessão. Quando termino, a ajudo a sair da banheira e a envolvo em uma toalha macia.

Seus olhos estão vidrados, o choro ainda evidente em seu rosto. Ignoro suas lágrimas e a coloco delicadamente sobre a cama, prendendo cada um de seus pulsos com algemas de couro. O clique das algemas fechando-se é um som final, um sinal de que sua submissão está completa.

Ela começa a chorar novamente, os soluços ecoando pelo quarto silencioso. Cada lágrima que cai é uma mistura de medo e desespero, mas também de resignação. Não posso deixar que seu choro me afete. Eu sou o mestre aqui, e ela deve aprender a aceitar isso.

— Cale a boca. — Ordeno, minha voz firme e sem espaço para discussão.

Ela soluça mais alto, mas eu a ignoro, começando a me despir. Cada peça de roupa que tiro é uma preparação para o que está por vir. Vejo o pânico em seus olhos aumentar a cada movimento meu, mas isso só reforça minha determinação.

Resgatada pelo mafioso - Livro UmOnde histórias criam vida. Descubra agora