TRINTA E QUATRO - DANTE

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Estou na igreja esperando por Mariela. O lugar é imponente, cheio de vitrais coloridos que lançam sombras vibrantes no chão de mármore. O silêncio é pesado, apenas quebrado pelo som dos meus sapatos ecoando enquanto caminho de um lado para o outro. Olho para o relógio pela enésima vez, a inquietação crescendo dentro de mim. O carro dela nunca chega.

— Onde diabos você está, Mariela? — murmuro para mim mesmo, a preocupação começando a tomar conta.

É então que meu celular vibra no bolso. Pego o aparelho, vendo um número desconhecido na tela. Atendo, minha voz carregada de impaciência e preocupação.

— Alô?

— Dante Caputo? — A voz do outro lado é fria, sem emoção.

— Quem é? — Pergunto, meu tom ficando mais duro.

— Você nunca mais verá Mariela. — A voz diz, cada palavra um golpe seco.

Sinto o sangue gelar nas veias, um turbilhão de emoções me atingindo de uma vez. Não amo Mariela, mas me importo com ela. É minha noiva, e há um certo respeito e responsabilidade que sinto por ela.

— Quem diabos você pensa que é? — Rosno, minha voz cheia de raiva.

A ligação é encerrada abruptamente, deixando-me sozinho com a linha morta. Não perco tempo. Aciono meus homens no mesmo instante, a determinação e o ódio queimando em meu peito.

— Lorenzo, Ettore, preciso de vocês agora. — Digo, minha voz firme enquanto dou as instruções.

Meus irmãos chegam rapidamente, suas expressões sérias ao verem minha fúria. Explico a situação em poucas palavras, a raiva clara em cada sílaba. Eles entendem a gravidade imediatamente, sabendo que qualquer ameaça ao futuro Don da família Caputo é uma afronta direta ao nosso poder.

— Quem é idiota o suficiente para ameaçar o futuro Don da família Caputo? — Lorenzo murmura, sua voz cheia de incredulidade.

— Vamos descobrir. — Respondo, meus olhos brilhando com uma promessa de vingança.

Acionamos nossos informantes, cada contato sendo pressionado por informações. Não importa o preço, não importa o tempo que leve. Mariela será encontrada e quem fez isso pagará caro. Minhas mãos tremem de raiva contida enquanto espero, o tempo se arrastando dolorosamente.

— Ettore, qualquer notícia? — Pergunto, minha voz um rosnado baixo.

— Ainda nada concreto, Dante. Mas estamos fechando o cerco. — Ele responde, a tensão clara em sua voz.

A espera é insuportável, mas não tenho escolha. Tento me concentrar, planejar cada passo. Quem quer que seja, cometeu um grave erro ao mexer comigo, ao mexer com minha família. A igreja, antes um lugar de paz, agora é um símbolo de minha fúria crescente.

Horas se passam, mas finalmente recebemos uma pista. Um dos nossos informantes localizou um possível esconderijo. Não perco tempo, organizando uma equipe para invadir o local. Cada segundo é crucial, cada movimento calculado para garantir o sucesso.

Chegamos ao local indicado, uma casa discreta nos arredores da cidade. Meus homens cercam o perímetro, prontos para qualquer eventualidade. Entro, meus sentidos em alerta máximo, a adrenalina correndo pelas veias.

— Mariela! — Grito, minha voz ecoando pelas paredes vazias.

A resposta é o silêncio, um silêncio que é quebrado pelo som de passos apressados. Meus homens encontram alguns capangas, e uma luta feroz se segue. Cada golpe é uma descarga de minha raiva, cada adversário derrubado é um passo mais perto de encontrar Mariela.

Resgatada pelo mafioso - Livro UmOnde histórias criam vida. Descubra agora