QUARENTA E QUATRO - DÁRIO

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matrícula Toda vez que a necessidade de um sexo anal mais intenso toma conta, a direção é sempre a mesma: a masmorra onde Micaella está. O caminho até lá é um ritual silencioso, marcado pelo som dos passos ecoando nas paredes frias. A porta pesada se abre, revelando o interior sombrio e opressivo do lugar que se tornou seu inferno pessoal.

Micaella está lá, acorrentada, os olhos cheios de medo e submissão. A visão do corpo dela, vulnerável e exposto, alimenta o desejo crescente. Ela sabe o que está por vir, e a resignação em seu olhar é um reflexo da rotina cruel que se instaurou entre essas paredes.

— Hoje vai ser mais forte. — A voz é um comando firme, sem espaço para questionamentos.

Os preparativos são rápidos e eficientes. As correntes rangem enquanto ela é posicionada de bruços, os quadris elevados, a submissão completa e absoluta. O corpo dela treme, uma reação instintiva ao que está prestes a acontecer. As mãos firmes percorrem a pele macia, traçando caminhos que já se tornaram familiares.

Coloco a camisinha. A entrada é brusca, um gemido de dor escapando dos lábios dela. A pressão, a resistência do corpo tentando se ajustar à invasão, tudo isso alimenta a intensidade do momento. Os movimentos são deliberadamente fortes, cada estocada um lembrete de quem está no controle. O som dos corpos se chocando ecoa na masmorra, uma sinfonia de prazer e poder.

Os dedos apertam a cintura dela, guiando cada movimento, cada impulso. O prazer é avassalador, uma onda que cresce a cada momento. A resistência inicial dá lugar à submissão completa, o corpo dela se ajustando, aceitando a brutalidade do ato. A sensação de poder é intoxicante, uma corrente elétrica que percorre cada fibra do ser.

— Isso. — O murmúrio é baixo, uma expressão de satisfação crua. — Assim mesmo.

Os gemidos de Micaella são abafados, uma mistura de dor e rendição. A pele dela brilha com o suor, o corpo um instrumento moldado pela vontade. As estocadas se tornam mais rápidas, mais intensas, cada movimento uma afirmação de domínio. O prazer atinge um pico, uma explosão que deixa o corpo tremendo, exaurido.

Finalmente, o clímax chega, um momento de pura liberação. O corpo dela colapsa sob o peso, ofegante e derrotado. A respiração pesada preenche o silêncio, o som de duas almas presas em um jogo cruel de poder e submissão. A mão acaricia a pele dela uma última vez, um gesto quase de carinho, uma promessa silenciosa de mais.

Levanto-me, ajeitando as roupas, a satisfação ainda vibrando pelo corpo. O olhar recai sobre Micaella, ainda deitada, a respiração irregular. Há uma sensação de possessão completa, uma reafirmação do controle absoluto.

— Até a próxima. — As palavras são um sussurro, um lembrete de que este ritual está longe de acabar.

Antes que a porta se feche atrás de mim, a voz fraca e trêmula dela quebra o silêncio.

— Posso... Posso gozar como no dia em que tirou minha virgindade?

As palavras dela me paralisam por um momento, a lembrança daquela noite invadindo minha mente. Mas a resposta já está formada, uma barreira firme entre o desejo dela e minha lealdade a Chiara.

— A única que tem o direito de gozar é Chiara. — A voz sai firme, sem espaço para dúvidas.

Ela abaixa a cabeça, a humilhação clara em seus olhos. Há um momento de silêncio pesado, a tensão quase palpável no ar. Minha decisão é inabalável, uma linha que não será cruzada. A lealdade a Chiara é absoluta, uma promessa que mantenho com cada fibra do meu ser.

Os olhos dela se enchem de lágrimas, mas não há compaixão em mim. A escolha foi feita, e ela deve aceitar sua posição. O corpo dela ainda treme, a respiração pesada e irregular. Há uma sensação de poder em manter esse controle, em definir quem pode ou não alcançar o prazer.

Resgatada pelo mafioso - Livro UmOnde histórias criam vida. Descubra agora