High School Return of a Gangster-Novel

Capítulo 74 - O Gosto do Medo

    O funcionário da loja de conveniência estava atrás de Song Yi-heon, olhando na mesma direção do garoto, que estava sentado no mesmo lugar há uma semana, mas só havia lixo rolando no beco estreito que levava ao distrito das casas noturnas. A rua além do beco estava tão clara quanto o dia, com pessoas entrando e saindo, uma visão normal que não valia a pena assistir a noite toda.
    No entanto, o garoto, que nunca tirou os olhos do beco, de repente se virou e sentou-se de frente para uma direção diferente. O grupo de homens que ele estava observando surgiu do beco. O funcionário reconheceu seus rostos. Eles eram os gangsters que administravam várias casas noturnas na área. Ao se aproximarem da loja de conveniência, o funcionário colocou o esfregão de lado e foi até o balcão.

—"Bem-vindos."

   O gangster com uma tatuagem de carpa que se estendia do pescoço até a bochecha jogou um cartão no balcão.

—"Dois maços de Marlboro Red. Sang-min, dê ao seu hyung uma cura para ressaca."

   O cartão foi jogado com tanta força que a resistência inicial do trabalhador foi esmagada pela expressão suja do gangster, que incluía uma tatuagem na bochecha.
   O trabalhador calculou o custo da cerveja e da cura para ressaca que o gangster mais jovem havia colocado no balcão, colocou-os em uma sacola e entregou a eles. Quando os gangsters grandes e barulhentos saíram, a loja de conveniência parecia vazia. O trabalhador voltou ao balcão para terminar de esfregar. Ele achou que a loja parecia vazia, mas não era apenas o interior. O guarda-sol além do balcão de degustação estava vazio, então o trabalhador largou o esfregão e saiu para dar uma olhada. Ele estava secretamente desenvolvendo um senso de camaradagem com o garoto, cuidando de suas costas, então ficou bastante surpreso com seu desaparecimento repentino.

—"Para onde ele foi?"

O garoto, que estava sentado naquele lugar até os gangsters chegarem, havia sumido. Song Yi-heon, que estava com o trabalhador noturno por uma semana durante seu turno, finalmente saiu primeiro.

 ***

    Song Yi-heon, com o capuz do seu blusão puxado para baixo sobre a cabeça, seguiu os gangsters que tinham saído da loja de conveniência. Ele manteve uma distância segura, as mãos enfiadas nos bolsos do seu blusão. Ele passou uma semana inteira esperando por este momento. Ele não podia perder esta oportunidade sem nenhum resultado. Yi-heon, escondido nas sombras, era cauteloso. Ele silenciosamente seguiu os gangsters, como um peixe seguindo uma linha iscada, enquanto eles caminhavam pelo beco entre os prédios de apartamentos envelhecidos, onde as luzes vermelhas da rua eram escassamente iluminadas.
   Ele tinha que descobrir por que a gangue rival, que estava administrando uma área diferente, agora estava administrando a boate de propriedade da organização de Kim Deok-pal.

    Os gangsters à frente viraram em um beco mais estreito. Era mais provável que fossem vistos no beco estreito, então Yi-heon não teve escolha a não ser aumentar a distância. O beco na calada da noite estava assustadoramente silencioso, sem nem mesmo um cachorro latindo, então era impossível perder de vista os gangsters barulhentos. Os becos sinuosos eram em sua maioria semelhantes. Paredes de tijolos, exteriores irregulares, sacos de lixo empilhados como pequenas colinas sob postes de luz, canos de gás instalados ao longo das paredes do prédio...
    Ele sentiu uma sensação de déjà vu e seu passo diminuiu. A caixa de doações de roupas, com roupas de inverno penduradas em sua abertura como línguas, apareceu novamente, exatamente como a que ele tinha visto no beco por onde passou. Era uma estação completamente diferente, então ele não precisava se lembrar disso conscientemente. Ele não estava passando por becos semelhantes, ele estava andando em círculos, pelo mesmo beco.
Eu fui pego.
Assim que teve essa percepção instintiva, Yi-heon se virou e correu com todas as suas forças. Os esforços que ele fez para esconder sua presença foram em vão, pois o material do corta-vento farfalhou duramente, o vento o chicoteando, fazendo-o inchar.