CAPÍTULO 05 pag:14

4 3 0
                                    

Guerra perguntou a Beatriz o que ele tinha que fazer para sair do submundo, ela então apontou para um gigantesco palácio que ficava bem longe de onde eles estavam e disse que tudo o que ele precisava fazer era ir até lá e matar o dono daquele lugar, o dono do palácio que parecia atrair toda atenção do submundo era Hades, o deus e governante de todo o mundo inferior.

__Por acaso você é idiota! É exatamente isso o que eles querem, não tem como eu vencer o Hades nesse lugar, aqui ele é quase invencível, aqui ele é tão poderoso quanto Zeus.

__Você tem razão, então é melhor nós irmos por outro caminho.

Beatriz disse que conhecia um caminho alternativo, só que eles precisariam passar pelo Tártaro, enfrentar Thanatos o deus grego da morte e cruzar as águas do Rio Estige.

__Maravilha...! Isso vai ser divertido.

Guerra falou isso em tom sarcástico enquanto soltava pesarosos suspiros de desgosto, pois sabia o quanto essa viagem iria ser longa e cansativa, mas mesmo com toda as dificuldades que ele iria ter que passar até chegar na saída desse lugar, sem nenhuma sombra de dúvidas ainda seria melhor do que ter que enfrentar Hades, o senhor do submundo. Após aniquilar o exército de mortos vivos que Hades havia deixado naquele lugar como um presente de boas vindas, Guerra deu um forte assobio invocando o seu cavalo que emergiu do solo frio e sem vida abaixo de seus pés, ele então cavalgou pelo submundo com Beatriz abraçando suas costas montada no seu cavalo flamejante.

__E então! Por onde eu devo ir?

Beatriz disse para o cavaleiro da guerra continuar seguindo em frente que logo eles chegariam no Tártaro, a maior e mais assustadora prisão do submundo, enquanto Guerra ia em direção ao Tártaro montado em seu cavalo flamejante com Beatriz abraçando suas costas como se estivesse abraçando um travesseiro de dormir, ele perguntou a ela porque Zeus havia raptado sua irmã Morte.

__Porque ele estava com medo...

Beatriz falou isso com um tom de voz baixinho quase como se estivesse sussurrando enquanto exibia um olhar profundo e pensativo, ela disse que Zeus sonhou com todos os deuses olimpianos mortos e por isso consultou as moiras, as três irmãs do destino, para ter certeza se o que teve de fato foi um sonho ou uma visão do que poderia vir a acontecer, e como ele já suspeitava o sonho que teve foi na verdade uma visão de um futuro próximo, onde todos os deuses acabariam sendo mortos e para impedir esse possível futuro de acontecer ele capturou e trancafiou o cavaleiro da morte numa gaiola mágica, de onde ela jamais pudesse sair, já que o único ser que poderia encerrar de vez a vida de um deus imortal era ela.

__Tudo tem um fim... Os deuses olimpianos não são uma exceção.

Guerra falou isso de um jeito seco, sem demonstrar nenhum pingo de empatia para com os deuses, Beatriz disse que ele era muito frio e insensível, ela então perguntou se ele iria sentir falta dela se ela morresse, e sem nem se quer pensar sobre o assunto, ele respondeu que não, ela então disse com um tom de voz aborrecido que ele era pior que um demônio.

__Chegamos...

O Despertar do Cavaleiro da Guerra Onde histórias criam vida. Descubra agora