CAPÍTULO 07 pag:20

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Guerra e Beatriz voltaram a percorrer o submundo nas costas de Devastação até chegar no Rio Estige, um enorme rio que cortava o submundo levando milhares de almas que se agarravam e arrastavam para as profundezas qualquer um que ousasse entrar ou tivesse a infeliz sorte de tocar em suas águas, também era onde dois gigantescos e assustadores monstros habitavam, Cila e Caribdis, que foram jogados nesse lugar depois que o deus soberano e verdadeiro se revelou como sendo o único deus e criador de tudo, essas duas criaturas já foram belas ninfas, mas acabaram tendo um trágico destino e se tornaram esses terríveis monstros, Caribdis perdeu todos os seus belos traços femininos e se transformou num enorme e grotesco monstro que só podia ser comparado a um turbilhão violento, rodeado de dentes afiados, já Cila ainda mantia sua bela aparência pelo menos até a sua cintura, pois abaixo dela possuía três fileiras de dentes pontiagudos com doze cabeças de cães raivosos que rodeavam o seu enorme corpo acompanhados por seis cabeças de serpentes e vários tentáculos que usava para agarrar e matar suas vítimas. Guerra cavalgou pelas águas do Rio Estige sobre as costa do seu cavalo Devastação, as almas que eram carregadas pelas correntezas dessas águas não ousavam tocar no cavalo flamejante de Guerra, mas as almas que trafegavam no Rio Estige não era o único perigo que residia nesse lugar, monstros marinhos que pareciam um cardume de piranhas esfomeadas se atiravam em cima do cavaleiro e pra piorar algo muito pior estava prestes a surgir.

__Mas é claro que elas iriam aparecer...

As duas terríveis criaturas que foram jogadas naquele lugar pelo deus soberano e verdadeiro emergiram das águas mortas do Rio Estige assustando e afastando todas as criaturas em sua volta, mas isso não foi o suficiente para assustar o cavaleiro da guerra que avançou para cima delas nas costas do seu cavalo flamejante enquanto disparava várias flechas contra elas que tentavam agarra-lo e devora-lo, os tiros de flecha que Guerra disparou contra as duas enormes criaturas que queriam mata-lo pareciam uma chuva de raios iluminando o escuro céu do submundo. Empunhando a foice que pegou do corpo já sem vida do deus grego da morte, Thanatos, o cavaleiro da guerra pulou dentro da enorme boca de Caribdis enquanto o seu cavalo correu velozmente em direção a terrível Cila, se chocando contra ela como uma espécie de míssil teleguiado, causando uma grande explosão que a deixou desnorteada e vulnerável a um golpe fatal de Guerra que saiu da boca de Caribdis segurando o coração dela, Guerra então jogou o enorme coração de Caribdis nas águas do Rio Estige e pulou em cima de Cila, cortando a cabeça dela com a foice do deus da morte que ele matou.

__É assim que se faz!

Foi o que Guerra falou enquanto caía de pé nas costas do seu cavalo, se gabando por ter matado as duas enormes criaturas, talvez animado porque já conseguia ver a saída do submundo. Enquanto saía do Rio Estige e caminhava em direção a saída que o levaria de volta ao mundo humano, o cavaleiro da guerra acenou para o barqueiro debochadamente que o olhava de longe, com os seus olhos profundos e sem vida, esperando mais uma alma errante para levar pro submundo, mas enquanto Guerra comemorava feliz sua saída daquele triste e penoso lugar, o pobre barqueiro o presenteou com um sorriso no mínimo perturbador, enquanto apontava para o chão abaixo de seus pés como se quisesse falar alguma coisa, quando Guerra olhou para o chão onde o barqueiro apontava, um enorme buraco se abriu bem onde ele estava, o fazendo cair novamente nas profundezas do submundo, só que dessa vez num lugar bem específico.

__Seu barqueiro filho da...

O Despertar do Cavaleiro da Guerra Onde histórias criam vida. Descubra agora