Capítulo 76.

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Acordei num sobressalto, meu corpo se lançando para frente enquanto a respiração saía entrecortada e pesada

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Acordei num sobressalto, meu corpo se lançando para frente enquanto a respiração saía entrecortada e pesada. Sentei-me rapidamente na cama, meu peito subindo e descendo enquanto meus olhos varriam o quarto, ainda envolto pela penumbra. O espaço parecia estranho, mais sombrio do que o habitual. Respirei fundo, engolindo seco, sentindo minha garganta seca como papel. Passei a língua pelos lábios ressecados, tentando aliviar a sensação.

Agarrei o edredom com força, puxando-o de lado, e joguei as pernas para fora da cama. Quando meus pés tocaram o chão, senti o choque imediato de algo frio e molhado. Meu cenho franziu de confusão enquanto olhava para baixo. O chão do quarto estava alagado. Uma fina camada de água cobria tudo, refletindo a pouca luz do ambiente, mas era impossível dizer de onde vinha.

— Mas que merda...? — Sussurrei, minha voz trêmula e quase inaudível.

Levantei-me devagar, os pés afundando na poça rasa, que agora parecia se espalhar ainda mais. Olhei ao redor, mas nada fazia sentido. Com cuidado, caminhei até a porta, a água fria escorrendo entre meus dedos dos pés a cada passo. Girei a maçaneta devagar e abri a porta, espiando o corredor. Tudo estava mais escuro do que deveria, o tipo de escuridão que engole as paredes e faz o ar parecer mais denso.

— Pai? — Minha voz saiu hesitante, quase um sussurro. A única resposta foi o som abafado dos meus pés movendo a água.

Dei mais alguns passos, sentindo meu coração apertar. O corredor parecia mais longo, mais escuro, como se eu estivesse caminhando por um lugar que não era a minha casa.

— Emerson? — Chamei um pouco mais alto, indo em direção as escadas, minha voz agora marcada pela ansiedade.

Não havia som algum. Nem passos, nem vozes. Apenas o ruído abafado dos meus pés arrastando a água. Um calafrio estranho percorreu minha espinha, espalhando-se pelo corpo, enquanto um frio na barriga me fazia sentir como se estivesse virada do avesso.

De relance, vi uma sombra se mover à distância. Minha respiração falhou por um momento, e levantei o olhar rapidamente, mas não havia nada. Pelo menos, nada que meus olhos conseguissem enxergar na escuridão opressiva ao meu redor. De repente, a porta do meu quarto bateu atrás de mim com um estrondo, tão alto e repentino que meus ombros saltaram em reflexo.

Virei-me de imediato, o coração disparado, e o que vi fez meu estômago afundar. A porta havia desaparecido. Tudo o que restava eram paredes pretas, completamente lisas, sem nenhuma abertura. Era como se eu estivesse trancada dentro de uma caixa preta. A água ao meu redor subia lentamente, agora alcançando meus tornozelos, movendo-se de forma sutil, quase como se tivesse vida própria.

— Diabiiinhaa... — A voz grossa e rouca ecoou atrás de mim, prolongando a palavra como uma melodia sombria.

Arfei, girando nos calcanhares em direção à voz. O homem da máscara de caveira estava a poucos metros de distância, parado, imóvel, suas roupas pretas se fundindo com a escuridão ao redor.

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⏰ Última atualização: 5 hours ago ⏰

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