Enemies/Haters To Lovers + Dark Romance
[Livro 1]
Damon Campbell é um vício perigoso e um pesadelo. Obcecado por Angel Miller, ele a persegue como uma sombra, oscilando entre provocação e desejo, enquanto ela o odeia com todas as forças - ou tenta...
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Hesitei por um segundo antes de envolvê-la nos braços, segurando o sorriso sádico que queria surgir nos meus lábios. Sabia que o pai dela estava olhando, então mantive o controle, deixando apenas um ar de calma se espalhar pelo meu rosto. Respirei fundo, disfarçadamente, absorvendo a boa sensação de esfregar na cara desse filho da puta que a garotinha dele estava se apegando mais a mim do que a ele.
Passei a mão pelas costas dela, abaixando o rosto para beijar o topo da sua cabeça. Não consegui evitar, meus olhos se voltaram diretamente para William. E, sem dizer uma palavra, meus olhos sorriram por mim.
— Quer sair daqui? — murmurei, inclinando-me para sussurrar em seu ouvido, enquanto meus dedos deslizavam por seus cabelos.
Angel assentiu, sua bochecha pressionada contra minha camisa de tão apertado que ela se agarrava a mim. A mandíbula de William tensionou, os músculos se destacando com o esforço de conter o ódio nos olhos. Vem me pegar, William. Vai mesmo partir o coração da sua garotinha só para me afastar dela? Para mim, pouco importa se ela é do seu sangue, se foi desse seu saco murcho que ela veio. Nesse mundo, ela é minha.
— Vou dar uma volta com ela. Ok? — murmurei para minha mãe, mais para provocar do que por necessidade. Vi o olhar dele se encher de raiva ao ouvir aquilo.
Angel se afastou ligeiramente, desfazendo o abraço, então segurei sua mão e a puxei para longe daquele cemitério de merda. Não estava nem um pouco a fim de fingir que lamentava a morte de Norma.
Que apodreça no inferno.
E, depois de tudo que Angel me contou... Aquela mulher era um demônio. Que o diabo aproveite bem a alma sebosa dela. Quanto a Adeline? Nem consegui olhar para a carinha de coitadinha dela. O fruto não cai longe do pé, afinal. Ela tentou matar Angel afogada quando tinha só dez anos? Eu sou fodido da cabeça, admito, mas nem a minha mente perturbada faria uma coisa dessas de graça. Quer um motivo? Claro. Eu faria, mas só com um bom motivo...
Por exemplo: eu mataria ela por ter tentado matar a minha diabinha. Fácil, rápido e sem remorso.
O vento cortava entre as árvores, mas o sol brilhava intensamente sobre nós, como se até a porra do universo estivesse comemorando. Apertei a mão de Angel enquanto caminhávamos, e cada passo me trazia uma onda de satisfação que eu tentava manter sob controle, escondida atrás de uma expressão neutra.
Ela estava onde deveria estar, ao meu lado, comigo.
Olhei para ela, os olhos fixos no chão enquanto caminhávamos, o rosto levemente franzido, ainda perdido na culpa e no peso do que havia acontecido. Por dentro, uma parte de mim quase sorria. Não era pelo sofrimento dela, mas pelo fato de que, de todas as pessoas naquele lugar, era a mim que ela procurava. Ela se agarrava à minha mão como se eu fosse sua âncora, o único ponto seguro em meio ao caos.
— Quer ir a algum lugar em especial? — perguntei, mantendo a voz calma, quase carinhosa. A imagem perfeita do conforto.
Ela balançou a cabeça, sem me olhar e eu não entendi se estava negando ou assentindo, mas apertou minha mão com mais força, o que me fez sentir um prazer quase maldito. Entramos no carro, e assim que ela fechou a porta, pisei no acelerador, deixando o cemitério e aquele monte de rostos hipócritas para trás. O motor rugiu, e senti uma onda de alívio ao ver o lugar se afastar no retrovisor. Eu sabia exatamente onde queria levá-la.