Acordei sozinha na manhã seguinte, já era tarde quando acordei. Virei para o lado e senti falta do Erick ao meu lado na cama, sorri quando vi uma rosa e um bilhete em cima do criado mudo. Por mais que eu queira é impossível odiar o Erick.
Bom dia meu amor,
Desculpe ter saído sem falar com você. Achei melhor deixar você descansar. Ontem você demorou tanto a dormir e hoje estava tão linda dormindo que não tive coragem de te acordar. Espero que tenha conseguido dormir bem e que ainda goste de flores, escolhi a mais bonita no seu jardim.
Com carinho do seu Erick.
Terminei de ler o bilhete com o coração transbordando de alegria. Mesmo repetindo o tempo todo que não era pra ficar feliz meu coração não me obedece. Depois de tomar o café fui falar com o Mathias, me desculpei pelo que aconteceu ontem e ele me contou que o Erick havia falado com ele. Fiquei com muita raiva, então quer dizer que ele só me pediu desculpas porque o Mathias provou que era gay? É ridículo o que ele faz. Troquei de roupa e fui direto para a casa da Paulinha, chegando la contei a ela sobre o que aconteceu, só não toquei no assunto sobre a ex noiva do Erick. O que eu queria mesmo era que ela me dissesse como faz para parar esse excesso de desejo dentro de mim. Agora entendo porque a Paulinha vivia dizendo que eu devia sair com outras pessoas até o Erick voltar, talvez eu soubesse parar esse fogo dentro de mim. Ela ria enquanto eu contava sobre como o Erick me deixava.
- É simples amiga, da pra ele.
- Você é louca?
- Amiga desculpa, mas do jeito que as coisas estão entre vocês isso só vai melhorar depois que você der pra ele.
- Você é uma péssima conselheira. Eu não quero transar com o Erick. - só de pensar na possibilidade meu corpo todo reage - Eu não queria nem ter me casado com ele, a última coisa que eu quero é transar com ele.
- Até parece ne, você sempre foi louca por ele. Não sei porque não aproveita, cara ele ta o maior gato, imagina aquilo tudo na cama.
- Paulinha!
- Ta desculpa. - levantou as mãos em sinal de rendição - Mas vai dizer que você nunca se imaginou na cama com ele.
- Não! - e era verdade, nunca me imaginei transando com o Erick, pelo menos não até hoje. Agora só deus sabe que tipo de coisas eu vou imaginar com aquele homem.
- Amiga é sério que você é tão careta assim? Desculpa vai, eu te amo do jeitinho que você é, mas fala sério, o Erick ficou muito gostoso e você esta dormindo com ele a seis meses, sério que você nunca imaginou nada.
- Não. - fiquei morrendo de vergonha, mas é verdade, nunca imaginei nada com o Erick.
- Ai meu deus! Ja imaginei tanta coisa com aquele primo gostoso dele, pena que nunca mais a gente se viu. Você bem que podia me ajudar ne? Faz uma forcinha, sai com o Erick e com o Nando e me chama sua chata.
- Você gostou mesmo do Nando ne?
- Gostar é algo muito serio, mas eu bem que daria uns amassos gostoso nele. - riu das próprias palavras.
Adoro esse jeito da Paulinha, pra ela tanto faz, ela não é o tipo de garota que fica sofrendo por amor. Se não der certo ela troca de homem e pronto, eu sempre achei meio exagerado mas depois de um namorado que ela teve aos dezessete anos não acho mais nada exagero. Ela namorava o Jeferson a um ano, ele estava na faculdade, não era daqui, veio para ca só para estudar. O namoro deles era todo bonitinho sabe, ele era mais velho e independente e isso fazia a Paulinha se achar o máximo por causa do namorado, ela tinha até a chave do apartamento dele. Até que um dia ela foi fazer uma surpresa e pegou ele na cama com outra, acabou o encanto e o namoro. Depois disso a Paulinha endureceu, nunca mais a vi sofrendo por amor, e pra falar a verdade nunca mais vi a minha amiga apaixonada por ninguém.
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Entre o amor e a vingança
RomanceEla: Érin, 23 anos, virgem. Sem muitos amigos, perde o único irmão e melhor amigo aos onze anos. Sofre diariamente com os maus tratos de um pai violento, vê sua vida mudar aos doze anos com a entrada de um novo aluno na escola que em pouco tempo se...