Cap. 71 Volta para os seus contratos

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- Nando é sério se você não quer mais fala logo. - eu estava começando a ficar nervosa.

Fui pega de surpresa por um beijo, assim não tem coração que aguente. Afundei meus dedos em seu cabelo e o puxei para mais perto, saudade e tudo o mais que se possa sentir. Meu corpo estremeceu com o toque dele, sinto uma de suas mãos em minha cintura e a outra em minha nuca, esqueço por completo quem eu sou quando estou com ele. O beijo dele tem um gosto diferente, é mais cheio de sentimentos, uma urgência que ele nunca teve antes.

- Eu não quero parar. Então para de ficar dando crise atoa.

Passamos o resto do dia juntos, fomos direto para o apartamento dele e eu confesso que estava com saudades da casa dele também. Como isso é possível? Era pra ser só sexo, não acredito que você fez a merda de se apaixonar Paulinha! Tudo bem que não tinha muito jeito de não se apaixonar pelo Nando quando ele é tão carinhoso e tão bom no que faz. Ai eu não mereço isso, se apaixonar deixa a gente insegura, eu não quero isso. Minha cabeça está a mil, o Nando não pode nem sonhar que eu estou apaixonada por ele.

- O que foi? - disse deitando ao meu lado.

- Nada. - disse toda atrapalhada.

- Você é sempre tão perfeita, - disse me beijando e deixando claro suas intensões de continuar o que estávamos fazendo - Eu estava com saudade de você.

O Nando dizendo que está com saudade? Ai meu Deus agora que eu não entendo mais nada. Primeiro ele some, depois diz que está com saudade.

- Bem feito, - tentei sorrir, mas até meu sorriso estava atrapalhado agora - ninguém mandou você sumir.

Ele ficou um pouco sério, mas logo voltou a sorrir. Me beijou e eu me perdi outra vez naquele corpo, quando acabou deu uma sensação estranha, senti falta dele mesmo ele estando tão perto. Me aninhei no seu corpo e senti quando ele me abraçou mais forte, diminuindo por completo a pouca distância que existia entre nós. Como todas as vezes senti suas mãos acariciando minha barriga, sorri e beijei seu peito. Droga Paulinha, que sensação besta, por que logo você Nando? Ai por favor não me faz sofrer, eu me sinto tão completa com você. Em todos esses anos você foi o único que me fez ter vontade de parar, de ter um homem só. Todos os dias eu quero só você e mesmo que você não saiba você é o único que toca em mim a meses. Não estraga isso por favor, não agora que não consigo mais negar que estou apaixonada por você.

- Você está tão quieta.

- Cansada.

- Dorme aqui?

- Uhum, mas você me leva pra faculdade amanhã.

- Ta bom preguiçosa.

- Se você preferir eu peço a Érin pra vir me buscar. De ônibus que eu não vou.

- Eu já disse que te levo.

Nos beijamos e tudo começou outra vez.

Érin

Hoje em especial estou feliz, a Paulinha não deu nem sinal de vida, sinal de que deu tudo certo. Coisa besta a gente se sentir tão feliz por uma coisa tão simples, minha amiga voltou a sorrir e isso me faz sorrir também. Queria saber como concertar a minha vida também. Na falta do que fazer resolvi descansar um pouco, o dia estava quente, tomei um banho e deitei, liguei o ar condicionado no máximo e deixei o celular no silencioso.

Acordei com o Erick que chegou muito bravo do trabalho. Eu ainda estava muito sonolenta quando ele entrou no quarto fazendo aquela barulhada toda.

- Érin acorda!

- Hum.. O que foi amor? - disse muito sonolenta ainda.

- Onde você esteve a tarde?

- Oi? Amor eu estava dormindo.

Entre o amor e a vingançaOnde histórias criam vida. Descubra agora