Quando o Erick chegou eu estava na cozinha terminando de preparar o jantar. Gosto da Constância, mas estou adorando essa viagem dela pra curtir um pouco a vida de dona de casa. Gosto de cuidar da casa para o Erick, de preparar o jantar e de ter as coisas do meu jeito, me sinto mais em casa.
Pelo jeito ele ainda está bravo, chegou e nem veio falar comigo, foi direto para o quarto.Não quero mais brigar. Estava doida pra que ele chegasse para poder contar a novidade, espero que ele não fique bravo, afinal ele mesmo vive dizendo que o dinheiro do banco é meu né. Eu queria esperar até ele descer e vir falar comigo, mas estou ansiosa de mais. Fui até o quarto e ouvi o barulho do chuveiro acabando de ser desligado. Bati na porta antes de entrar só por precaução.
- Entra amor.
- Erick eu.. - travei na hora. Ele estava só de toalha, o corpo todo molhado ainda. Esse cheiro de banho tomado me deixa doida. - É... é.. é .. Deixa, termina de se trocar depois eu falo com você.
Ele sabe que me deixa desconcertada e ainda acha graça. Sorria de canto, feliz por saber o quanto meche comigo.
- Pode falar amor. - se aproximou e beijou meu rosto.
Se eu conseguisse falar ne? Com ele tão perto e só de toalha eu já nem lembro o que vim falar. Eu estava encostada na porta, os olhos grudados no corpo dele, o corpo pegando fogo, uma vontade louca de me jogar nos braços dele. Ele se aproximou e fechou a porta, prendendo meu corpo. As mãos uma de cada lado, me impedindo de fugir, o corpo colado no meu, beijava meu pescoço devagar só pra provocar, eu que já fico doida só de ver ele saindo do banho, fiquei toda arrepiada, graças a deus que algumas coisas ele não vê. Ai de mim se ele descobre o quanto estou molhada, não duvido nada que eu perderia a virgindade ainda essa noite.
- Fala o que você queria falar. - sussurrava as palavras contra a minha pele. Seu toque me torna mais sua a cada segundo.
- Amor para.
- Só estou te fazendo carinho.
Ergueu as mãos em sinal de rendição, um sorriso lindo no rosto. Aproveitei o espaço e me afastei.
- Tem uma coisa que eu queria te falar.
- Fala.
Me puxou pela cintura e colou seu corpo no meu. O cheiro dele me deixa louca.
- Desse jeito eu esqueço o que eu vim falar.
- Então esquece e fica comigo.
- Mas é importante amor. - é tão natural chamar ele assim. Gosto do jeito como ele me olha quando o chamo de amor.
- Ta fala.
Se afastou de mim, abriu o armário e pegou roupas limpas. Como se fosse a coisa mais natural do mundo, virou de costas e jogou a toalha em cima da cama. Ele estava ali, completamente nú na minha frente, acho que ficar de costas para mim foi só um jeito delicado e inútil de não me deixar constrangida. Morrendo de vergonha cobri o rosto com as mãos.
- Erick! - eu estava um pouco brava, mas ao mesmo tempo estava morta de vergonha. Nunca vi um homem nú a não ser em filme pornô, ou fotos na internet.
- Que foi amor? - não fosse pelo sorriso besta que ele tinha na cara eu até diria que ele não tinha feito de propósito.
- Isso não tem graça.
Ele já havia vestido a box, veio em minha direção e me abraçou.
- Você precisa perder essa vergonha. - beijou minha testa - Desculpa mas você precisa se acostumar a me ver sem roupa.
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Entre o amor e a vingança
Roman d'amourEla: Érin, 23 anos, virgem. Sem muitos amigos, perde o único irmão e melhor amigo aos onze anos. Sofre diariamente com os maus tratos de um pai violento, vê sua vida mudar aos doze anos com a entrada de um novo aluno na escola que em pouco tempo se...