Cap. 13 Em meus pensamentos

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Erick

Depois que a Érin me deixou sozinho no estacionamento acabei indo direto para casa, não conseguia parar de pensar no quanto eu queria ter beijado - a. A frustração já era um sentimento comum desde que cheguei a cidade.

Pensei em ir atrás dela quando ela saiu do estacionamento, mas achei melhor deixá-la sozinha, a Érin nunca foi boa em ficar junto quando ela estava com raiva. Fiquei em casa o resto da noite, depois de muito tentar e não conseguir dormir mandei uma mensagem para o celular da Érin. Ela visualizou mas não respondeu a mensagem, achei melhor não dizer mais nada.

Érin

Acordei com as batidas da minha mãe na porta, não queria ter que levantar, mas pelo jeito o meu pai queria fingir que nós somos uma família. Levantei e antes de abrir a porta escondi a sacola que estava com o vestido debaixo da cama.

- Oi mãe - disse voltando para a cama.

- Não vi você chegar ontem.

- Porque quando eu cheguei a senhora e o pai não estavam em casa. - volto a me cobrir com o lençol.

- O Erick esta la em baixo.

- O quê? - digo assustada. - ah eu não acredito! O que ele veio fazer aqui?

- Ele está conversando com o seu pai. - minha mãe parecia nervosa.

- Ah meu deus! - digo levando as mãos à cabeça.

Troco de roupa e desso
correndo as escadas.

- O que você ta fazendo aqui? - falo já no final das escadas.

- Bom dia Érin.

- Pai, está tudo bem?

- Eu acho que já te ensinei não se meter quando eu estiver com visitas.

- Desculpa pai - eu disse baixando a cabeça - eu estava descendo pra tomar café e vi o Erick aqui na sala, estranhei a presença dele, foi só isso. Não queria interromper o senhor. - menti, rezando para o meu pai não me bater quando o Erick saísse.

- Então vai tomar o seu café. - a voz fria, eu sabia que o meu pai estava nervoso.

- Com licença.

Fui direto para a cozinha e botei o café mesmo não estando com fome. Fiz o possível para comer e assim que terminei o café fui lavar a louça, resolvi voltar para o meu quarto e ficar lá até o meu pai dar a sua sentença. Quando entrei na sala os olhos do Erick percorreram todo o meu corpo, fingi que não havia percebido e fui direto para o meu quarto.

Erick

Todos os dias são feitos de batalhas, todos os dias uma batalha diferente. O casamento é depois de amanhã e como eu estou vendo os preparativos sozinho resolvi deixar a Érin em paz até o sábado. Logo de manhã fui ate a casa da Érin para saber sobre a roupa dos pais dela, quero que eles estejam elegantes e não quero correr o risco de descobrir em cima da hora que eles não tem roupas adequadas, ate porque já esta tudo pronto para que o casamento seja muito luxuoso. Quero que a cidade toda saiba sobre o nosso casamento, que todos saibam que a Érin se casou com aquele garoto pobre que o pai chamou de perrapado, acusou de não ter um futuro e de não merecer a sua filha, que todos aqueles que estudaram com a gente saibam que ela esta casada com um empresário bem sucedido e que ela vai ter uma vida melhor que a de todos eles.

Eu não esperava por uma recepção calorosa, mas não contava com aquela discussão matinal.

Alguns minutos antes.

- O que você está fazendo aqui moleque.

- Bom dia seu Aquiles, posso entrar? - disse fingindo nao ouvir as suas palavras.

Entre o amor e a vingançaOnde histórias criam vida. Descubra agora