Você faz de tudo para não brigar, mas parece que o outro está sempre pronto pra brigar, nossa vida é um eterno combate. Eu olho pra ele agora e vejo um inimigo, vejo o homem que vai me abandonar depois que tirar minha virgindade, sério de mais para dizer que tudo é por amor. O jeito como ele me olha faz lembrar aquele homem arrogante que apareceu no restaurante mais caro da minha cidade impondo casamento. O coração bate acelerado com medo de que um dia ele também seja lembrado como um monstro. Céus por que não pode ser apenas um dia bom? Tenho medo de suas próximas palavras e do impacto que elas podem me causar, tenho medo de que estraguem uma data que tem tudo para ser eterna na minha vida, um dia com o qual sonhei durante anos.
O Erick ficou um tempo parado absorvendo minhas palavras e cada segundo a mais o silêncio dele se torna barulhento dentro de mim. Quando percebi que ele ia falar tive tanto medo que não me permiti ouvir, o beijei sem aviso prévio, sem dar-lhe espaço de falar, calei o monstro sem nem saber se era mesmo um monstro. Eu sonhei com esse dia e nem mesmo o Erick eu vou deixar estragá-lo.
- Eu te amo. - disse um pouco rápido de mais para fingir que estava tudo bem.
- Também te amo princesa, desculpa se pareceu que eu estava com medo de você.
Respirei aliviada ao ouvir suas próximas palavras, nem da pra acreditar que ele não vai brigar comigo, que finalmente temos um dia de paz. Ele me beijou tão mais tranquilo que eu, tão mais doce, tão mais apaixonado, o beijo dele tinha gosto de paz e eu só pude lamentar o caos que foi o meu beijo.
- Eu sou louco por você. - disse com um sorriso de canto - Mas não posso fingir que não percebo quando você está com medo.
- Desculpe, eu achei que você ia brigar comigo.
- Eu também achei que você fosse brigar comigo. A gente precisa parar com esse medo bobo que a gente sente um do outro.
- Me beija de novo? Seu beijo é muito melhor que o meu. - disse com um sorriso tímido.
Ele sorriu e me beijou com a mesma calma de antes, o mesmo carinho e um pouco mais de tesão.
- Não consigo parar de pensar em você nua nos meus braços. - disse ao pé do meu ouvido com a voz rouca e sensual.
- Eu não consigo parar de sentir você. - sussurrei minhas palavras.
- Eu quero te sentir de novo.
Medo se torna uma coisa pequena quando o desejo fala mais alto. Antes que eu pudesse responder começou a chover, não foi uma chuva fraca, foi uma daquelas tempestades de verão, do nada começou a chover muito forte e a gente teve que entrar correndo. Entramos e fomos direto para o quarto trocar as roupas molhadas, o Erick entrou por último e trancou a porta, eu estava indo para o banheiro quando senti sua mão em meu braço, ele me puxou com força para perto e me beijou empurrando meu corpo contra a parede, foi um beijo mais agressivo, muito mais cheio de desejo. Não tive como resistir, me entreguei aquele beijo e ao toque possessivo de suas mãos em meu corpo. Sinto suas mãos apertando meus seios com força, o Erick tocava em mim de um jeito que nunca tocou. Meu corpo parece que vai explodir, mas ao mesmo tempo a consciência me diz que está errado.
- Erick vai devagar.
Sussurro minhas palavras contra seu corpo que apesar de molhado é quente e pressiona cada vez mais o meu contra a parede. Sinto suas uma de suas mãos na minha nuca, seus dedos afundam em meus cabelos e puxam com um pouco mais de força que o normal. Me sinto um pouco assustada pelo jeito diferente que o Erick me toca, uma de suas mãos tocam minha intimidade ainda por cima do short, ele está diferente e isso me assusta, nunca tocou em mim desse jeito, mesmo ontem quando tocou minha intimidade nua ele foi um príncipe, nada que se pareça ao homem que só ouve seus instintos que está a minha frente.
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Entre o amor e a vingança
Roman d'amourEla: Érin, 23 anos, virgem. Sem muitos amigos, perde o único irmão e melhor amigo aos onze anos. Sofre diariamente com os maus tratos de um pai violento, vê sua vida mudar aos doze anos com a entrada de um novo aluno na escola que em pouco tempo se...