Meus amores desculpem a demora, mas deu crise de criatividade. A passos curtos estamos crescendo,obrigada pela companhia e pela paciência. Bjs
------------------------------------------------------Eu não sou mais criança, o lugar ainda é o mesmo. O Erick sorri bonito, estende a mão e me convida para um banho no riacho. Nos beijamos e eu digo que o amo, somos um só, nossos sorrisos se misturam em beijos e carícias. De repente sinto mãos fortes me puxando para longe do Erick, tento com todas as forças me agarrar ao meu príncipe mas ele está cada vez mais distante. Grito por socorro mas minha voz está presa na garganta, vejo uma figura masculina se aproximar de mim, é um homem forte e com o dobro do meu tamanho, me vejo pequena de novo, mas não sou mais criança. Ao se aproximar reconheço a figura daquele homem enorme, vejo meu pai, quero pedir socorro a ele, vou em sua direção mas assim que me aproximo ele me desfere um tapa, com o toque de sua pele reconheço as mãos que me afastaram do Erick, choro desesperada, tento lutar mas é inútil, ele agora tem o dobro do meu tamanho, sua força é maior que antes e meu corpo já não aguenta os golpes, aos poucos estou perdendo a consciência. Vejo ao longe o Erick, ele não me vê, quero pedir socorro mas ele não me escuta. Recebo um último soco que me tira a consciência, acordo em um quarto branco vazio, aos poucos as paredes escurecem, está tudo escuro, vejo flores por todo lado, meu irmão está no canto chorando, diz que seu corpo dói, sinto a mesma dor, seu braço está quebrado e não tem força nas pernas para se levantar, meu corpo todo dói também. Hoje sou maior que o Alex, pego seu corpo pequeno em meus braços e tento fugir, mas o quarto está trancado, as paredes estão diminuindo, o espaço é cada vez menor. Meu corpo está apertado e sei que lá fora não há nada diferente de morte, estou com frio, está chovendo e estou sozinha no cemitério. Vejo o Erick e tento correr em sua direção mas meu corpo todo dói, não consigo correr, vejo o homem de mãos forte vindo atrás de mim, quero correr mas não posso.
Acordei aos gritos, assustada e com pouco ar nos pulmões. O Erick acordou assustado e me abraçou, as lágrimas caem pelo meu rosto e nem tenho consciência disso. Estou com medo. O Erick me abraça forte e sua voz é quase inaudível para mim.
- Amor calma, foi só um sonho.
Meu corpo todo treme, aos poucos crio coragem de me olhar e ver que não estou machucada, meu corpo não dói, não tenho coragem de tentar mas sei que se quiser posso correr. Meu quarto não escurece, meu irmão está morto, não sofre mais a sua dor. O homem que me segura nos braços é o Erick e não o monstro que chamo de pai. Chorei em silêncio agarrada ao corpo do Erick, ele acariciava eu meu cabelo e me acolhia em seu corpo.
- shh fica calma, foi só um sonho ruim. Eu tô aqui amor, ta tudo bem.
O choro não cessa, minha alma dói, estou com medo, mas sei que dessa vez ele está aqui. Me encontro perdida entre a realidade e o sonho, tento reconhecer o meu quarto e saber que estou segura, mas ainda assim tenho medo.
- Eu vou pegar um pouco de água pra você.
Me agarro em seu corpo para que não me deixe. Tenho medo que não volte.
- Não, fica comigo. - digo chorosa.
- Tudo bem, eu tô aqui amor. - beijou o topo da minha cabeça e me abraçou mais forte - Você quer falar sobre o que aconteceu?
Fiz que não com a cabeça, e afundei o rosto em seu peito.
- Então se acalma.
Fiquei em seus braços absorvendo a paz que seu abraço me traz, não sei quanto tempo passou, mas a seu lado me sinto em paz.
- Você está mais calma? - fiz que sim com a cabeça - Tem certeza que não quer falar?
- Vai passar, está tudo bem.
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Entre o amor e a vingança
RomanceEla: Érin, 23 anos, virgem. Sem muitos amigos, perde o único irmão e melhor amigo aos onze anos. Sofre diariamente com os maus tratos de um pai violento, vê sua vida mudar aos doze anos com a entrada de um novo aluno na escola que em pouco tempo se...