Cap. 57 Antes ficasse com a minha blusa

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Meus amores desculpem a demora, está difícil organizar a bagunça do lado de cá. Desculpem os erros mas não revisei o capítulo. Espero que gostem.

Mil beijos e boa leitura!
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No dia seguinte acordamos cedo, meus primos Jonathan Mateus vieram tomar café da manhã com a gente, a Érin acordou preguiçosa como sempre, tão dengosa que deu pena de acordar. Quando descemos para o café a Paulinha e o Nando já estavam na cozinha, a Júlia não larga da Paulinha, a minha prima Mel ainda estava de pijama, uma barulhada na cozinha que eu já tinha desacostumado. Em casa é sempre tão silencioso, mesmo quando a Érin levanta antes de mim para fazer o café, ela não faz barulho. Me acostumei com o silêncio dela. A casa cheia me faz lembrar que eu estou em casa. A Érin parecia um pouco incomodada com o excesso de barulho mas não falou nada, se quer demonstrou. Sentou ao lado da Paulinha em silêncio, comprimentou a todos ficou em silêncio ao lado da amiga, não sei se por sono ou timidez.

O Nando era só felicidade, é completo quando está ao lado da família, mais alegre, mais brincalhão, e se eu não conhecesse meu primo diria que ele olha diferente para a Paulinha. O jeito como ele olha pra Paulinha sentada ao lado da amiga, não é jeito de amigo, não é jeito de homem, ele olha para ela como se visse uma peça rara. Todo mundo tão distraído com a própria vida e ninguém percebe que meu primo olha diferente para uma mulher. A Paulinha parece não notar, conversa com a Érin toda despreocupada e eu fico pensando, em quase um ano que estou casado com a minha Érin eu nunca vi a Paulinha com nenhum outro cara. Fico me perguntando porque ela está sempre sozinha, é tão bonita e tão divertida, qualquer homem daria tudo pra tê-la ao seu lado. As duas conversam baixinho, riem de alguma coisa sem incomodar o barulho da família, a Érin sorri bonito, parece feliz mas o ruim é que eu nunca vou saber se ela é feliz de verdade.

A família conversa entre si sem perceber que as duas se isolam, talvez a Paulinha se isole só por causa da Érin, fico lembrando a conversa sobre a faculdade e do choro doido por ter medo de perder a amizade da Paulinha. Nessas horas fico me perguntando qual das duas é a mais forte, a Paulinha que vive pra defender a Érin, ou a minha princesa que enfrenta todos os medos em nome da amiga. Fico com cara de bobo olhando as duas.

- Vai ficar ai com cara de bobo primo? Senta pra tomar café. - o Mateus com seus dezoito anos brinca comigo sem saber o quanto foi dolorido cada dia que passei longe da minha princesa e que cada ano foi uma sentença, solidão foi a minha pena por abandonar a única mulher que amei - Daqui a pouco você afoga a familia toda na sua baba.

Sorri um pouco sem graça. E me juntei ao resto da família à mesa.

- Um dia você vai se apaixonar e ai você vai entender que a gente fica com cara de bobo sem perceber. - disse rindo.

A Érin desviou o olhar para mim por um instante, seu olhar esbarrou no meu, um sorriso tímido se formou nos seus lábios.
- Ai, vocês gostam de praia? - falou dirigindo - se a Érin e a Paulinha.

- Bom a gente cresceu na praia, acho que isso responde a sua pergunta ne. - a Paulinha é a melhor.

- Então, eu vou surfar daqui a pouco, a gente podia juntar a família toda e ir para a praia.

- Até que enfim alguém da uma ideia descente nessa casa. - a Mel dizia rindo.

- Mel minha querida falando assim até parece que você não se diverte. - a tia vem sempre com aquele jeitinho cheio de amor pra dar, nem pra dar bronca não serve - E eu acho uma ótima ideia ir à praia, é até bom que a Ana Clara nunca foi.

- Viu Aninha, você vai conhecer o mar. - a Júlia dizia beijando o rostinho da irmã.

Érin

Entre o amor e a vingançaOnde histórias criam vida. Descubra agora