Eichen House

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Stiles olhava pela janela do carro em silêncio, observando as casas e árvores passando conforme o carro andava, tudo iluminado apenas pelos postes de luz naquela noite gelada. Nem ele nem seu pai tinham dito uma palavra desde que saíram de casa, não havia mais nada para dizer. Tinha sido difícil convencer seu pai a fazer o que estavam fazendo, mas Stiles não conseguia ver outra saída, não podia arriscar machucar mais ninguém.

Até que eles finalmente chegaram. Stiles já tinha passado em frente àquele prédio antes, mas ele nunca havia parecido tão assustador quanto naquele momento. Eles desceram do carro, andando em passos lentos até o portão gigante da Eichen House. Sério, aquele lugar parecia ter saído de um filme de terror. Mas Stiles supôs que era assim que manicômios deveriam parecer.

Foi quando eles ouviram o barulho da moto. Stiles se virou, a tempo de ver Scott estacionar perto deles e descer rapidamente da moto, andando até ficar ao lado deles.

- Por que você não me contou? - perguntou para Stiles, olhando do amigo para a Eichen House repetidas vezes.

- Porque queríamos evitar algo assim. - foi o xerife quem respondeu. Sua voz era amarga, Scott podia ver que ele também não queria fazer aquilo.

- São apenas 72 horas. - disse o menor.

- Esse é o mesmo lugar de onde veio Barrow, o cara que tinha um tumor cheio de moscas! - Scott tentou argumentar. - Você não sabe de tudo ainda. - se virou para o xerife.

- Eu sei o bastante. Nogitsunes, Kitsunes, Oni, ou sei lá como eles se chamam...

- Na verdade, isso está surpreendentemente certo. - disse Stiles. - Foi a primeira vez que você não falou do Kanima.

- Scott, - Jhon continuou, ignorando o filho. - eu vi uma ressonância que parecia exatamente igual à da minha esposa. E isso me aterrorizou. Eu vou amanhã até L.A. para falar com um especialista.

- Então por que está colocando ele aqui?

- Ele não está. - Stiles suspirou. - A decisão foi minha.

- Stiles, eu não vou poder te ajudar se ficar ali dentro.

- E eu não vou poder te machucar.

- Deaton tem algumas ideias. Os Argent estão ligando para algumas pessoas. Nós vamos achar alguma coisa, e se não conseguirmos...

- Se não conseguirem, - Stiles o interrompeu. - se você não conseguir, vai ter que fazer algo pra mim, okay? Garantir que eu nunca saia daqui.

***

- Sr. Stilinski? - uma voz feminina os chamou, Stiles assumiu que a mulher fosse uma das enfermeiras daquele lugar, ou algo assim. - Por aqui, por favor. - ela sorriu, e por algum motivo, isso só deixou Stiles mais assustado.

Eles a seguiram até uma pequena sala, onde Stiles teve que assinar vários papéis e documentos, assim como seu pai. A mulher parecia cansada, Stiles imaginou que ela estivesse pensando no trabalho a mais que eles teriam com Stiles ali.

- Sem telefone nas primeiras 72 horas, - ela dizia. - nem emails, ou visitas. Vamos leva-lo daqui para um exame físico. Pela manhã, você será avaliado por uma equipe de psicólogos, conversará com uma assistente social, e fará terapia em grupo.

- Eu sinto que estamos esquecendo alguma coisa. - o xerife disse, batendo sua caneta contra a mesa em um gesto nervoso. Aquele lugar tinha grades nas portas e janelas, ele odiava que estivesse deixando Stiles num lugar como aquele, numa prisão, num hospício.

- Você vai usar isso, Stiles. - a mulher colocou um tipo de pantufa beje em cima da mesa. - Cadarços não são permitidos. Não está com um cinto, não é? - Stiles apenas negou com a cabeça. - Por favor, esvazie seus bolsos aqui. - indicou uma pequena caixa de plástico na mesa.

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