Força de vontade

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Scott e Isaac ficaram ali, conversando e distraindo Stiles por aproximadamente duas horas, até decidirem que deviam ir. Seu pai chegou a tempo para jantar. Derek carregou Stiles até a cozinha para que pudessem comer na mesa. Até o feiticeiro se juntou a eles, apesar de a carne branca e salada que Derek fizera não estarem à sua altura.

O homem a recusou educadamente, balançou as mãos a sua frente, e fez aparecer um glorioso prato de comida na mesa.

- Wow. - John soltou uma exclamação. - O que é isso?

- Lagosta. - o feiticeiro arregaçou as mangas. - Você quer?

- Ah...

- Não, ele não quer. - Stiles respondeu, rápido. - Eu não sei os valores nutricionais das lagostas, então ele vai ficar com o peito de frango, mas obrigado.

A expressão de John caiu.

- Sabe, enquanto você estava em coma, eu comi um hamburger.

Stiles piscou, as bochechas cheias de comida.

- Como é que é? - mastigou.

- Cheio de cheddar, com bacon, e sem nenhuma alface.

- O quê! - engoliu de uma vez. - Derek, e você permitiu?

O beta deu de ombros.

- Eu que encomendei.

- Eu nunca me senti tão traído em toda a minha vida.

Depois do jantar, Stiles teve que voltar ao quarto de Derek e passar por mais uma sessão de cura super entediante. Toda vez que o feiticeiro ameaçava colocá-lo para dormir por estar falando demais, considerava por um momento se devia deixar ou não. Pelo menos, se dormisse, aquilo passaria mais rápido.

Derek estava ali também, sentado na poltrona. Em mais de uma ocasião, incentivou o feiticeiro a realmente colocar Stiles para dormir. E sinceramente? Era um tanto insultante, mas Stiles não se deixou abater.

- Meu Deus, que demora. - reclamou, de novo. - Magia não devia ser mais rápida?

- Garoto, eu juro. - o feiticeiro, sentado ao seu lado no colchão, tapou os olhos com uma das mãos. - Se eu te ouvir reclamar mais uma vez...

- Ah, qual é...

- Você sabe o quanto você devia agradecer por eu estar aqui?

- Tá, tá, você salvou minha vida, eu sei.

- Não só isso. - bufou, tirando a mão do rosto para encará-lo. - Enquanto você estava em coma, e eu tive que ficar aqui, eu tinha um trabalho marcado na Inglaterra. Eu tive que adiar por causa de você. Você devia estar beijando os meus pés.

- Mas eu era mais urgente, não era?

- Irrelevante. Toda vez que eu mudo a data de um trabalho, eu tenho que oferecer um desconto de vinte e cinco por cento. Sabe quanto é vinte e cinco por cento de dez mil libras?

- Duas mil e quin...

- Duas mil e quinhentas libras! - respirou fundo, como se tentasse se acalmar. - Eu prometi a mim mesmo que não ia mais fazer isso, e aqui estou eu.

- É para eu me sentir especial?

- Da última vez que eu fiz isso, foi durante a revolução francesa. E eu acabei não recebendo dinheiro algum, pois meu cliente foi decapitado. Desde então, nunca mudei uma data. Então, sim. Você deve se sentir especial.

- Ownt. - abriu um sorriso. - Você se importa comigo! Admita que você se importa comigo.

- Claro, claro. O que te fizer dormir a noite.

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