[Guilherme Dash - 25 anos]
Guilherme Dash
Abri os olhos devagar sentindo o celular vibrar sobre a cama, puxei o edredom e passei a mão pelos lençóis a procura do celular.
— Qual foi? — atendi.
— Qual é Neto, cola aqui na pensão — Lucca falou.
— Jaé, marca dez!
— Beleza, é nos! — desligou.
Joguei o celular para o lado e passei a mão no rosto, me espreguicei e levantei. Peguei a toalha jogada em cima da cadeira e entrei no banheiro, pendurei a toalha e tirei a bermuda. Liguei o chuveiro e deixei a água cair por minha cabeça, lavei o cabelo e fechei os olhos enquanto respirava com a boca entreaberta.
Saí do banheiro com a toalha em volta da cintura e abri o guarda-roupas, vesti uma cueca boxe preta e uma bermuda jeans lavagem clara surrada, junto uma camisa da nike preta. Sequei o cabelo com a toalha e penteei, passei perfume e coloquei meu cordão de outro no pescoço, meu relógio no pulso e calcei minhas havaianas. Peguei meu celular jogado entre os lençóis e saí do quarto com ele na mão.
Peguei minha pistola em cima do sofá a colocando na parte de trás da cintura e saí de casa fechando a porta.
Fui descendo o morro tranquilamente cumprimentando os moradores e sendo cumprimentado por quase todos eles, o movimento como sempre estava alto e suave.
— Eaí Guilherme — uma das marmitas da boca piscou.
— É Neto pra você — pisquei de volta.
Atravessei a rua e entrei na pensão. Sofie estava sentada no chão bagunçando tudo, cheia de canudos e guardanapos espalhados.
— Fala boneca, demorou — Lucca bateu em minhas costas.
— Meu pau pra você — falei.
— Lá ele parceiro, tá me tirando é? — deu risada.
Caminhei até Sofie e a carreguei, ela me encarou sorrindo e passou a mão no meu cabelo.
— Oi minha princesa — beijei seu pescoço.
Ela se encolheu em meus braços e gargalhou, coloquei ela no chão e sentei em uma das cadeiras plásticas.
— Eaí, qual a boa? — perguntei.
— Tudo em paz! — articulou.
Ficamos bebendo uma gelada e conversando sobre algumas coisas do morro, sobre as drogas que estão pra chegar e as armas que perdemos na última invasão no morro rival.
— Tem que mandar o Cabeça ir atrás desse povo que tá devendo viu — levei o copo a boca. — Já tá passando dos limites.
— Jaé, vou mandar o papo pra ele mais tarde.
— Porque não agora? — o encarei.
— Tenho que ir para casa, a patroa disse pra não demorar que uma amiga dela vai chegar hoje pra passar um tempo ai em casa — falou enquanto carregava a filha.
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Teen Fiction+18| Ela se apaixonou pelo moleque da favela, ele fazia tudo errado mas amava ela. #3 em ficção adolescente. [23.02.2019] #10 em ficção adolescente. [31.01.2019] #1 em ficção adolescente. [17.05.2018] ©2016 por Vitória Almeida. Todos os direitos res...