Capítulo sessenta e sete

29.5K 1.6K 933
                                    

Bianca Aguilar 

Abri os olhos com dificuldade, por conta da claridade que entrava pela janela e me espreguicei. Guilherme ainda dormia ao meu lado, tranquilamente. 

Levantei com cuidado para não acorda-ló e peguei a toalha em cima da cadeira, calcei minhas havaianas e caminhei em direção ao banheiro. Me despi rapidamente e entrei no box, liguei o chuveiro e deixei a água cair por minha cabeça. 

Logo após lavar os cabelos e terminar as demais higienes, saí do banheiro com a toalha em volta do corpo. 

Me sequei e abri o guarda-roupas, vesti uma lingerie azul e sentei na ponta da cama para passar meu hidratante. 

— Nem me acordou.. — Neto beijou meu ombro. 

— Você parecia cansado.. — murmurei enquanto espalhava o hidratante pelo braço.

— Mas saber o sexo do meu filho é mais importante — levantou. 

— Nosso filho — corrigi. 

— Cala boca — jogou a camisa no meu rosto. 

Dei uma tapa no meio de suas costas. 

— Isso doeu — apontou. — Vou anotar — pegou a toalha. 

— Tô morrendo de medo — falei debochada. 

Ele deu risada e entrou no banheiro fechando a porta. 

Caminhei em direção ao guarda- roupas e peguei um short jeans o vestindo, logo em seguida uma regata azul. Calcei meu vans preto e me encarei no espelho, desembaracei o cabelo e deixei solto, sobre os ombros. 

Peguei meu celular em cima do criado mudo e saí do quarto, caminhei pelo corredor e desci as escadas. 

— Oi filha! — brinquei. 

Mel me encarou assustada e se encolheu no sofá. 

Ela ficou meio estranha depois de ter ficado para trás ontem, talvez os barulhos dos tiros tenham assustado ela além da conta, mas já me desculpei por ter deixando ela aqui. 

Adentrei a cozinha e coloquei as coisas do café sobre a mesa, o resto de bolo que a Lohany fez e nescau. Sentei a mesa e comi dois pães com queijo e presunto, dois copos de nescau e um pedaço e meio de bolo de laranja. 

Levantei a blusa e acaricie minha barriga. 

— Você não passa fome em meu filho.. — brinquei. 

Neto adentrou a cozinha já arrumado e sentou na cadeira ao meu lado, se inclinou em minha direção e me deu um selinho. 

— Você vai hoje na empresa? — perguntou enquanto colocava nescau no copo. 

— Vou sim — levantei. 

— Hm.. — murmurou. 

— Melhor você parar — joguei uma tangerina em sua direção. 

Ele agarrou a mesma e descascou, me encarou com um sorriso sarcástico e chupou. 

 𝙾 𝙳𝙾𝙽𝙾 𝙳𝙾 𝙼𝙾𝚁𝚁𝙾Onde histórias criam vida. Descubra agora