Capítulo cinquenta e quatro

29.5K 1.7K 317
                                    

Bianca Aguilar

Abri os olhos devagar ao sentir a perna formigar por conta da câimbra, sentei na cama e massageei a perna.

Guilherme cochilava na poltrona, totalmente de mal jeito.

O celular dele tocou e o mesmo abriu os olhos rapidamente, atendeu o celular e trocou palavras rápidas. 

— Quem era? — perguntei. — Você sempre atende e fala muito rápido, não consigo acompanhar a conversa. 

Neto caminhou em minha direção e me deu um selinho. 

— Bom dia amor — sorriu. 

— Primeiro fala quem era, depois bom dia! 

— Lohany avisando que está chegando — disse. — Para de paranóia — bagunçou meu cabelo. — Vou avisar a enfermeira que você já acordou, para ela trazer seu café — passou a mão na cabeça. — Vou comprar alguma coisa para mim também! 

— Tá bom — relaxei as costas na cama. 

Ele caminhou até a porta e saiu fechando a mesma. 

Cruzei os braços e fiquei encarando o teto enquanto pensava na bagunça que o Guilherme deve ter feito em casa, eu não vou limpar nada, quero repouso de um ano porque estou muito fragilizada. 

Depois de alguns minutos a porta foi aberta e a enfermeira adentrou. 

— Bom dia querida — sorriu. — Tá bem? 

— Bom dia — falei. — Tô sim! 

Ela caminhou em minha direção e colocou a bandeja sobre minhas pernas.

— O cardápio melhorou — sorri. 

Torradas, geleia natural, suco e um cacho de uvas bem verdinho. 

— Verdade, aquele mingau é uma merda! — disse. 

— É, seu sei que é — mordi a torrada. — É tortura. 

Ela deu risada e concordou. 

— Me dê licença, tenho que servir os demais pacientes! 

— Tchau — acenei. 

Ela caminhou até a porta e saiu fechando a mesma. 

Devorei as demais torradas junto a geleia e bebi o copo de suco, coloquei a bandeja em cima do criado mudo e peguei o cachinho de uva. 

Ouvi uma barulheira do lado de fora do quarto e semicerrei os olhos, a porta logo foi aberta e Neto entrou dando espaço para Lohany. 

— Amigaaa — correu em minha direção. — Você tá linda, maravilhosa.. — me abraçou. — Te amo, te amo — segurou meu rosto. — Gostosa! — me deu um selinho rápido. 

Menos Lohany, bem menos por favor.

— Calma ai garota — dei risada. — Vai amassar minhas uvas! 

 𝙾 𝙳𝙾𝙽𝙾 𝙳𝙾 𝙼𝙾𝚁𝚁𝙾Onde histórias criam vida. Descubra agora