Capítulo quarenta e um

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Bianca Aguilar

Abri os olhos devagar ao ouvir o celular do Neto tocar pela terceira vez, estiquei o braço e peguei o mesmo em cima do criado mudo, encarei o visor e bocejei. 

— Neto?! — chamei. 

Ele resmungou e virou para o outro lado. 

— Neto? — balancei seu braço. 

— O que foi? — perguntou assustado. 

Estendi a mão com o celular tocando e ele pegou, sentou na cama e atendeu. Neto ficou trocando poucas palavras com o Ryan enquanto me encarava sério. 

Eu juro que não fiz nada. 

— Jaé, jaé — desligou. 

— O que houve? — perguntei. — Porque ele te ligou a essa hora da manhã? 

Guilherme levantou da cama e pegou a toalha, deixou o celular em cima da cômoda e entrou no banheiro fechando a porta. 

Sentei na cama e passei a mão no rosto. 

— Eu não fiz nada — murmurei. — Eu hein, povo estranho! — levantei. — Será que eu fiz alguma coisa? — caminhei até a janela. — Ai meu Deus! — fechei os olhos. 

Em poucos minutos ele saiu do banheiro com a toalha em volta da cintura, abriu o armário e vestiu uma cueca boxe logo após se enxugar. 

— Acho que te fiz uma pergunta e você não me respondeu — o encarei. 

— Coisas da boca! — vestiu uma bermuda jeans lavagem clara. — Fica de boa! 

— Precisa ficar diferente comigo? — cruzei os braços. 

— Não tô diferente.. — vestiu a camisa. — Não se esquece de se arrumar, seu pré-natal é hoje — me deu um selinho. — Passo aqui para te buscar daqui a pouco.. — murmurou enquanto colocava o relógio no pulso. — Te amo! — beijou minha testa. 

Neto pegou o celular em cima da cômoda e saiu do quarto fechando a porta. 



Guilherme Dash 

Estacionei na porta da boca e desci do carro travando o mesmo, caminhei até a porta da boca e entrei. 

Ryan estava sentado em frente a mesa do computador. 

— Qual foi? — o encarei. — Já sabe quem é a desgraça?

— Ainda não.. — murmurou sem me encarar. — Mas sei que as mensagens vieram daqui de dentro, já o celular certo ainda não sei — digitou algo no computador. 

— Que porra! — sentei na cadeira. — Quanto tempo? 

— Não sei direito, talvez dois dias.. — me encarou. 

— Sério isso? — indaguei. 

— Caralho Guilherme, tô fazendo meu melhor cara — levantou as mãos em forma de redenção. — Quero pegar o culpado tanto quanto você, mas você tem ideia de quantos celulares tem aqui nesse morro? — semicerrou os olhos. — Não é fácil não. 

 𝙾 𝙳𝙾𝙽𝙾 𝙳𝙾 𝙼𝙾𝚁𝚁𝙾Onde histórias criam vida. Descubra agora