Bianca Aguilar
Abri os olhos devagar ao ouvir o celular do Neto tocar pela terceira vez, estiquei o braço e peguei o mesmo em cima do criado mudo, encarei o visor e bocejei.
— Neto?! — chamei.
Ele resmungou e virou para o outro lado.
— Neto? — balancei seu braço.
— O que foi? — perguntou assustado.
Estendi a mão com o celular tocando e ele pegou, sentou na cama e atendeu. Neto ficou trocando poucas palavras com o Ryan enquanto me encarava sério.
Eu juro que não fiz nada.
— Jaé, jaé — desligou.
— O que houve? — perguntei. — Porque ele te ligou a essa hora da manhã?
Guilherme levantou da cama e pegou a toalha, deixou o celular em cima da cômoda e entrou no banheiro fechando a porta.
Sentei na cama e passei a mão no rosto.
— Eu não fiz nada — murmurei. — Eu hein, povo estranho! — levantei. — Será que eu fiz alguma coisa? — caminhei até a janela. — Ai meu Deus! — fechei os olhos.
Em poucos minutos ele saiu do banheiro com a toalha em volta da cintura, abriu o armário e vestiu uma cueca boxe logo após se enxugar.
— Acho que te fiz uma pergunta e você não me respondeu — o encarei.
— Coisas da boca! — vestiu uma bermuda jeans lavagem clara. — Fica de boa!
— Precisa ficar diferente comigo? — cruzei os braços.
— Não tô diferente.. — vestiu a camisa. — Não se esquece de se arrumar, seu pré-natal é hoje — me deu um selinho. — Passo aqui para te buscar daqui a pouco.. — murmurou enquanto colocava o relógio no pulso. — Te amo! — beijou minha testa.
Neto pegou o celular em cima da cômoda e saiu do quarto fechando a porta.
Guilherme Dash
Estacionei na porta da boca e desci do carro travando o mesmo, caminhei até a porta da boca e entrei.
Ryan estava sentado em frente a mesa do computador.
— Qual foi? — o encarei. — Já sabe quem é a desgraça?
— Ainda não.. — murmurou sem me encarar. — Mas sei que as mensagens vieram daqui de dentro, já o celular certo ainda não sei — digitou algo no computador.
— Que porra! — sentei na cadeira. — Quanto tempo?
— Não sei direito, talvez dois dias.. — me encarou.
— Sério isso? — indaguei.
— Caralho Guilherme, tô fazendo meu melhor cara — levantou as mãos em forma de redenção. — Quero pegar o culpado tanto quanto você, mas você tem ideia de quantos celulares tem aqui nesse morro? — semicerrou os olhos. — Não é fácil não.
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𝙾 𝙳𝙾𝙽𝙾 𝙳𝙾 𝙼𝙾𝚁𝚁𝙾
Teen Fiction+18| Ela se apaixonou pelo moleque da favela, ele fazia tudo errado mas amava ela. #3 em ficção adolescente. [23.02.2019] #10 em ficção adolescente. [31.01.2019] #1 em ficção adolescente. [17.05.2018] ©2016 por Vitória Almeida. Todos os direitos res...