Capítulo quarenta e seis

30.9K 1.7K 741
                                    

Bianca Aguilar

Peguei o celular em cima do balcão e deitei no sofá, disquei o número da Lô e no terceiro toque ela atendeu. 

— Oi — falou. 

— Cadê a Sofie? — perguntei. — Quero passar essa tarde com ela! 

— Na escolinha, esqueceu? — ouvi seu riso. — Hoje foi o primeiro dia dela. 

— Droga, queria ter ido levar ela com você — murmurei. 

— Depois de ontem achei que você ia querer dormir — disse. — Tá comendo direito? 

— Sim, eu acho! — dei de ombros. 

— Vem aqui em casa, quero conversar contigo! 

— Não sei, eu tô sent.. — me interrompeu. 

— Tô no aguardo, beijo! — desligou. 

Levantei e calcei as havaianas, coloquei o celular na cintura e caminhei em direção ao hall, saí fechando o portão e tranquei o mesmo. 

Fui descendo o morro tranquilamente, as pessoas me cumprimentavam e sorriam para mim, coisa que nunca aconteceu antes. 

Eu hein! 

Abri o portão da casa da Lô e entrei fechando o mesmo, caminhei pelo hall em direção a sala, ouvi barulho de água e caminhei até a cozinha. 

Sara estava deitada no bebê conforto em cima da mesa e Lohany terminava de lavar uns pratos. 

— Oi — falei. 

— Que bom que veio.. — colocou o prato no escorredor. — Você tá bem? — secou as mãos. 

— Não tive escolha — cruzei os braços. — Tô bem né, tenho que tá! 

Me aproximei da mesa e segurei a mãozinha da Sara. 

— Você sabe me dizer onde o Neto foi com os meninos? — a encarei. — Ele não me deu muitas informações. 

— Não, não sei — pegou o bebê conforto. — Vamos sentar no sofá! 

Saímos da cozinha e nos direcionamos para sala, sentei no sofá grande e dobrei as pernas, Lô sentou no sofá pequeno e colocou o bebê conforto no chão a sua frente. 

— Eaí, como tá as coisas por aqui? — perguntei. 

— Tá legal — colocou o cabelo atrás da orelha.

— Fala logo — semicerrei os olhos. — Tá me escondendo alguma coisa. 

— Não tô não — me encarou. 

— Fala logo — revirei os olhos. 

— Falar o que?

— O que tá preso aqui.. — toquei a garganta. — Desembucha. 

Ela colocou as mãos no rosto e deitou a cabeça para trás. 

 𝙾 𝙳𝙾𝙽𝙾 𝙳𝙾 𝙼𝙾𝚁𝚁𝙾Onde histórias criam vida. Descubra agora