Lohany Sampaio
Antes de entrar em casa respirei fundo pronta para encarar o homem que amo me desprezando sem motivos.
Lucca estava sentado no sofá mexendo no celular.
Joguei a bolsa em cima do sofá pequeno e adentrei a cozinha, abri a geladeira pegando uma jarra de água e servi meu copo, caminhei de volta para sala e sentei no sofá, virei o copo de vez na boca e tirei minha sapatilha.
— Boa noite! — falou.
Sério, é isso que você tem a me dizer?
O encarei séria e peguei o celular na bolsa, desbloqueei a tela e respondi algumas mensagens da Débora.
— Não vai me responder? — perguntou.
— Porque tá fazendo isso comigo? — o encarei. — Você tá me machucando muito se não sabe.. — falei com um nó na garganta.
— Do que você tá falando? — levantou uma das sobrancelhas.
— Olha Lucca, para mim já chega dos seus joguinhos — levantei. — Você mudou de novo, a gente não se fala mais, é como se fossemos dois estranhos dentro de casa — contei nos dedos. — Não quer mais ficar comigo? Beleza! — abri os braços. — Agora some de vez e deixa minhas filhas em paz.
Caminhei em direção a escada e ele segurou meu braço me fazendo encara-ló.
Ele ficou me fitando em silêncio com seus olhos esverdeados, puta que pariu.
— Nossas filhas! — falou.
Puxei o braço e deixei as lágrimas presas caírem, subi as escadas com a mão no peito tentando me controlar.
Entrei no quarto da Sofie e cobri ela com o edredom, tirei seu cabelo do rosto e beijei sua testa.
— Mamãe ama você! — murmurei chorosa.
Saí de seu quarto fechando a porta e caminhei até o fim do corredor abrindo a porta do quarto da Sara, ela dormia tranquilamente em seu berço, puxei a porta.
Entrei no meu quarto e fechei a porta, me despi das roupas e peguei a toalha, caminhei até o banheiro e encostei a porta.
Abri o box e liguei o chuveiro, deixei a água cair por minha cabeça e aproveitei para chorar sem culpa, sei que ninguém vai ouvir e com isso não vou precisar explicar nada a ninguém.
A Bianca teria os piores conselhos agora, mas em compensação ela ia bater no Lucca para me defender, mas ela não tá aqui.
Coloquei as mãos no rosto ainda chorando e deitei a cabeça para trás.
Depois de todas as higienes feitas e metade das lágrimas derramadas, saí do banheiro com a toalha em volta do corpo.
Me sequei e vesti uma calcinha, junto meu pijama, penteei o cabelo em um coque alto e deitei na cama, peguei meu livro em cima do criado mudo e abri na página em que parei com ajuda do marcador.
A porta foi aberta.
— Precisamos conversar — falou.
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Teen Fiction+18| Ela se apaixonou pelo moleque da favela, ele fazia tudo errado mas amava ela. #3 em ficção adolescente. [23.02.2019] #10 em ficção adolescente. [31.01.2019] #1 em ficção adolescente. [17.05.2018] ©2016 por Vitória Almeida. Todos os direitos res...