Capítulo sessenta e nove

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Bianca Aguilar 

Neto desceu as escadas já banhado e sentou no sofá ao meu lado, coloquei os pés em cima de suas pernas.

— Porque tu ficou todo caladão depois que voltamos da casa da Lô? — alisei seus cabelos. 

— Tô pensando em como vamos contar isso ao seu pai, ele achando que tu é virgem e achando que eu sou o genro que vai honrar a menininha dele depois do casamento — me encarou.

— Não precisamos contar.. — dei de ombros. 

Eu estava definitivamente decidida a não contar, meu pai nunca saberia e vida que segue. 

— Contamos sim, vamos encarar a barra — falou. 

Dei de ombros e voltei minha atenção a televisão, estava passando bob esponja, maratona na nickelodeon para minha felicidade. 

— Neto? — chamei. 

— Ãh? — murmurou sem me encarar, prestando atenção na televisão. 

— E se eu não for uma boa mãe?! 

— Claro que vai ser — me encarou. — Assim como vai ser uma boa mulher, uma boa amiga — alisou minha perna. — Vamos dar um jeito em tudo! 

O encarei sorrindo e me inclinei em sua direção, dando um selinho em seus lábios. Guilherme que não é bobo nem nada, segurou meu rosto com uma das mãos e enfiou a língua em minha boca, fazendo com que minha rendição fosse instantânea. 

Meu celular começou a tocar. 

Me afastei do Neto e peguei o celular, atendi e levei ao ouvido. 

— Oi Daniel — falei. 

Neto mudou sua expressão e revirou os olhos, se afastando de mim. 

— Adivinha! — ouvi seu riso animado. 

— Não faço a miníma ideia, o que foi? — perguntei. 

— A primeira caixa da revista chegou, foda-se que são apenas as amostras, mas chegou — falou animado. — Está muito linda, vai ser sucesso, com certeza! 

— Aaaa — gritei. — Que legal, que legal — sorri. 

Guilherme me encarou sério e aumentou o volume da televisão.

— Você está ocupada agora? — perguntou. 

— Tá sim, desliga e para de encher o saco — Guilherme gritou. 

 — Neto.. — o repreendi e tentei tapar o áudio do celular. 

— Bom.. — Daniel coçou a garganta. — Vou desligar, até mais! 

— Até mais — sorri com a mão no rosto. 

— Beijo! — desligou. 

Joguei o celular para o lado e gritei outra vez, animadíssima. 

— Olha só como fica toda felizinha quando fala com o marmanjo — me encarou sério. 

 𝙾 𝙳𝙾𝙽𝙾 𝙳𝙾 𝙼𝙾𝚁𝚁𝙾Onde histórias criam vida. Descubra agora