Bianca Aguilar
Terminei de escovar os dentes e guardei a escova, enxuguei o rosto e mãos na toalha e saí do banheiro fechando a porta.
Caminhei pelo corredor enquanto encarava a bolsa para ver se estava tudo dentro, tenho uma mania de esquecer as coisas que só Deus.
Saí de casa trancando o portão da frente e caminhei até o carro, Neto já estava dentro a minha espera. Abri a porta e adentrei, ajeitei o cinto e o encarei.
— Vamos?
— Vamos.. — me encarou.
Ele girou a chave na ignição e arrastou morro abaixo.
Apoiei o braço na janela e fiquei encarando a rua, as pessoas que passavam, os demais carros e ônibus. Eu tentava seriamente a todo instante me imaginar sendo mãe.
Eu não sei se vou brincar de pique-esconde com eles ou vou ser mais durona, não consigo me imaginar durona. Tô com muito medo deles serem maduros de mais a ponto de quererem assistir jornal nacional enquanto eu quero assistir bob esponja, isso será o cúmulo.
— Tá pensando muito.. — Neto murmurou.
O encarei e me ajeitei no banco.
— Tô tentando me visualizar como mãe.. — falei.
— Com certeza será uma ótima mãe — sorriu.
— Assim espero — respirei fundo.
Depois de mais uns 30 minutos de estrada, Guilherme parou o carro no estacionamento do hospital. Ambos descemos e fechamos as portas, ele travou o carro e caminhou ao meu encontro.
Adentramos o hospital e fomos direto em direção a balconista que vive encarando o Guilherme feito uma cachorra no cio.
— Bom dia — sorriu.
— Dr. Alan — falei.
Ela desfez o sorriso e mexeu rapidamente no computador.
— Nome? — me encarou.
Ela sabe muito bem quem sou eu, todo mês eu tô aqui caralho, tá procurando graça?
— Bianca Aguilar Dash — sorri falsamente.
— Sala 07 — sorriu de volta.
Neto virou em direção ao corredor e me puxou, na tentativa falha de me fazer andar.
— Olha aqui querida, da próxima vez que você olhar ele assim eu vou arrancar seus olhos com as minhas unhas — rosnei.
Ela arregalou os olhos.
Guilherme puxou meu braço com força, me fazendo caminhar atrás dele.
— Eu hein, garota mais oferecida.. — resmunguei.
Caminhamos pelo corredor em direção a sala 07, Neto abriu a porta e me deu passagem para entrar, ele entrou logo em seguida.
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Ficção Adolescente+18| Ela se apaixonou pelo moleque da favela, ele fazia tudo errado mas amava ela. #3 em ficção adolescente. [23.02.2019] #10 em ficção adolescente. [31.01.2019] #1 em ficção adolescente. [17.05.2018] ©2016 por Vitória Almeida. Todos os direitos res...