Capítulo treze

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Guilherme Dash

Acordei ao ouvir o celular tocar, peguei o mesmo em cima do criado mudo ainda de olhos fechados e atendi. 

— Fala.. — murmurei. 

— Vem na boca agora — Lucca falou. 

— Porra cara, eu tava dormindo — sentei na cama. 

— Parada séria, cola aqui rápido — desligou. 

Revirei os olhos e joguei o celular para o lado. 

Babi ainda dormia tranquilamente, cobri seu corpo com o lençol e levantei, peguei minha toalha e entrei no banheiro. 

Depois de uma ducha, saí com a toalha em volta da cintura. Vesti uma cueca boxe e uma bermuda jeans lavagem clara, calcei minhas havaianas e joguei uma camisa verde no ombro. 

Depositei um beijo na cabeça da Bianca, peguei meu celular jogado na cama e saí do quarto fechando a porta, caminhei pelo corredor e desci as escadas correndo, coloquei a pistola na cintura e peguei a chave na moto em cima da mesa de centro saindo de casa logo em seguida. 

Montei minha moto e arrastei morro abaixo cheio de ódio. 

Estacionei na porta da boca e desci da moto colocando a chave no bolso, abri a porta e entrei batendo a mesma com força. 

— Qual foi? — perguntei. 

Lucca me encarou de braços cruzados e saiu da frente revelando Cindy, ela estava sentada na cadeira com um sorriso no rosto. A encarei por alguns segundos e neguei com a cabeça. 

— O que eu faço? — perguntou. 

— Marca 10 lá fora — falei. 

Ele deu um tapa em minhas costas e saiu fechando a porta. 

Continuei a encarando em silêncio, lembrando de tudo que aconteceu, de como ela me fez bem e logo em seguida me destruiu. 

— O que você quer aqui? — perguntei. 

Ela caminhou em minha direção sem desmanchar o sorriso. 

— Eu voltei meu amor, voltei para você! — alisou meu rosto. 

Apertei seus pulsos com força fazendo ela me encarar assustada e a empurrei fazendo ela cair sentada na cadeira outra vez. 

— Quero que você vá embora dessa desgraça — lhe dei as costas. 

Ela segurou meu braço me fazendo encara-lá. 

— Eu amo você Neto — alisou meu rosto. 

Fechei os olhos tentando controlar a respiração pesada. 

— Não.. — falei. — Se me amasse não teria ido embora, não teria me deixado aqui. 

— Foi preciso, tive que ir! 

— Volta para onde você estava e continua lá por uns 40 séculos. 

— Vai me dizer que não sente mais nada por mim?!

 𝙾 𝙳𝙾𝙽𝙾 𝙳𝙾 𝙼𝙾𝚁𝚁𝙾Onde histórias criam vida. Descubra agora