Capítulo trinta

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Bianca Aguilar

Amanhã é o dia em que meu pai vai conhecer o Neto, não que ele já não tenha visto outros namoradinhos meus, mas agora é totalmente diferente.

— Chega Neto, são 3 dias e não 3 anos — falei.

— Melhor sobrar do que faltar — me encarou. 

Senti a ânsia de vômito subir a garganta e corri para o banheiro, levantei a tampa do vaso e me abaixei colocando todo café da manhã para fora. 

— Bianca me deixa te levar no hospital — se encostou na porta do banheiro. — Você não tá nada bem! 

Levantei tirando o cabelo do rosto e dei descarga. 

— Já passou, não foi nada! — abri o armário. — Eu comi de mais e vomite, normal — peguei a escova. 

— Porque você é tão teimosa? — indagou. 

— Vai Guilherme, vai pegar o resto das suas coisas — revirei os olhos. 

Ele bateu na porta do banheiro e saiu irritado. 

Caminhei até o quarto e terminei de dobrar as toalhas colocando na mala, soquei minha maleta de maquiagem dentro e fechei. Coloquei a mala no chão perto da cama e os passaportes em cima do criado mudo para não esquecer. 

Peguei meu celular em cima da cama e saí do quarto fechando a porta. Desci as escadas correndo e encarei Guilherme encostado na porta mexendo no celular. 

— Lohany disse que temos que sair com a Sofie um pouco hoje — disse sério. 

— Já tá irritado? — perguntei enquanto prendia o cabelo em um rabo de cavalo. 

— Não — falou. — Podemos ir? 

Saí na frente e Neto veio logo atrás fechando o portão da frente e trancando. Ele destravou o carro e entrou no mesmo, abri a porta do carona e entrei logo em seguida, Neto colocou a chave na ignição e arrastou morro abaixo. 

Neto estacionou na porta da Lohany e tirou a chave da ignição, desci do carro e abri o portão da frente. 

Sofie veio correndo em minha direção, carreguei ela e beijei seu rosto. 

— Oi meu amor — falei. — Você tá muito linda! 

— Você vai embora dinda? — perguntou.

— Dinda vai rapidinho — segurei sua mão.

— Mamãe disse que é assim.. — fez o sinal do número 3.

— Viu, é rapidinho.. — sorri. 

— Vamos passear minha princesa? — Neto bateu palmas. 

Sofie se jogou em seus braços. 

Lohany saiu com a mochilinha da Sofie e me entregou. 

— Só tragam quando já estiver em cima da hora de ir, me dêem esse tempo livre por favor — passou a mão no rosto. 

 𝙾 𝙳𝙾𝙽𝙾 𝙳𝙾 𝙼𝙾𝚁𝚁𝙾Onde histórias criam vida. Descubra agora