Capítulo sessenta e oito

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Bianca Aguilar

Isadora e Rodrigo estavam sentados no sofá, me encararam e sorriram assim que entrei. 

— Iti malia, que bebês gostosos.. — brinquei. 

— Eaí vaca.. — Débora me encarou. — Tô acabada mulher, mãe de dois só sofre — balançou a mamadeira. 

— É com você mesmo que eu quero falar, sua.. sua — fechei os olhos. — Não tenho adjetivos para você no momento. 

Débora estava com duas mamadeiras nas mãos, um prato com papinha de verduras e uma fralda de pano por dentro da blusa, cobrindo os seios. 

— Primeiramente, você está péssima.. — falei. — Segundo, quando eu dei risada porque você seria mãe de gêmeos, o que você me desejou? — perguntei. 

Ela sentou na cadeira em frente as crianças e colocou as mamadeiras no chão, ao seu lado. Mexeu a papinha e colocou a colher na boca do Rodrigo. 

— Eu te desejei trigêmeos — disse tranquilamente. 

A encarei incrédula. 

— É uma vadia psicopata mesmo.. — murmurei. 

Ela me encarou e deu risada, pegou mais papinha no prato e colocou na boca da Isadora. 

— Porque tá perguntando? — semicerrou os olhos. 

— Tô grávida. 

— Eu sei — revirou os olhos. 

— De quadrigêmeos Débora, quadrigêmeos! — alterei a voz. 

— Meu Deus — gritou. 

— Culpa sua — falei, irritada. 

— Não me lembro de ter gozado dentro de você — deu risada. 

— Af! — esfreguei as mãos no rosto. 

— Parabéns, vai ser uma ótima experiência — falou divertida. — Abre a boca logo guri — resmungou. 

— Você é de fato uma vadia, espero que fique grávida de novo — falei. 

— Camisinha amiga. 

— Espero que estoure — sorri sem ânimo. 

— Você é má.. — murmurou enquanto dava a mamadeira das crianças. 

— Nem tanto. 

— Mas eaí, como o Neto ficou? — perguntou. 

— Feliz até de mais, agora ele tem o próprio time de futebol dele — bufei e cruzei os braços. — Tudo menino.

— Lucca vai morrer, ele sempre quis um garoto para jogar bola e só vem menina querendo brincar de barbie, ai do nada o Neto engravida uma mulher e mete quatro macho de vez na jogada.

— Lohany tá tentando — falei. 

— Pior se vier outra menina — sorriu debochada.

 𝙾 𝙳𝙾𝙽𝙾 𝙳𝙾 𝙼𝙾𝚁𝚁𝙾Onde histórias criam vida. Descubra agora