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Capítulo oitenta e cinco

Bianca Aguilar 

Guilhermy estacionou o carro em frente a casa da Lô e travou o carro, tirei o cinto e desci fechando a porta.

Abri o portão da frente e entrei deixando o mesmo aberto. Caminhei pelo hall tentando não cair por conta brinquedos e adentrei a sala.

Sofie estava deitada no tapete da sala assistindo desenho, Mel estava deitada ao seu lado, dormindo.

— Oi meu amor — falei. 

— Oi dinda.. — respondeu sem me encarar. 

Caminhei em direção a cozinha e me escorei na mesa, super cansada. Lohany me encarou e sorriu.

— Eaí? — alargou o sorriso. 

— Eaí.. — murmurei. 

Guilherme logo adentrou a cozinha.

— Tem o quê para comer nessa casa? — perguntou. 

— Tem doce, quer? — Lô perguntou. 

— De que é esse doce? — indagou. 

— Fiz de abacaxi e tem de banana que fiz ontem.

— Abacaxi.. — murmurou enquanto sentava a mesa. 

Puxei a cadeira e sentei ao seu lado, Lohany colocou doce de abacaxi para nós e sentou a mesa logo em seguida. 

— Cadê o Lucca? 

— Foi buscar a Sara — disse. — Vocês tem que ir na boca, ouvi ele no telefone com o Ryan.

— É, tô ligado — deu de ombros. 

— Fazer o quê? — o encarei. 

— Nem sei — disse. — Kleber disse que quer bater um lero com nós! 

— Como foi lá no hospital? — Lô perguntou, mudando de assunto. — Está tudo bem com os bebês? 

— Foi tranquilo! — levei a colher a boca. 

Preferi não contar sobre o Daniel, sobre seu episódio macabro. Guilherme também não fez questão de se gabar dizendo que o nocauteou. 

— Adivinha só.. — falou animado. — A gente conseguiu ver a marca das mãozinhas deles na barriga da Babi — me encarou sorrindo. 

— Sério? — sorriu. — Mano, que maneiro! 

— Pois é! — Neto concordou. 

— Eaí amiga, vai voltar para faculdade? — perguntei. — As aulas começam novamente dia 05 agora.

Guilherme me encarou pelo canto do olho e raspou do resto do doce. 

— Eu vou trancar a minha, não tenho condições! — falei. 

— Também! Não vai ter como eu continuar por agora, as meninas precisam de mim.