Capítulo trinta e quatro

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Guilherme Dash

Sim, eu vou ser pai! 

Chega até ser estranho comemorar, até ontem isso estava apenas nos meus planos. Estou tão feliz! Talvez um pouco abalado por ter descoberto dessa maneira, quase perdendo quem ainda nem nasceu. 

Peguei o celular em cima do sofá e liguei para Lohany. 

— Oi Neto! — atendeu. — Desce daí filha — gritou. 

— Novidade.. — falei.

— O que foi? — perguntou. 

— Família vai crescer! — sorri. 

— Quê? — ouvi um barulho do outro lado da linha. — Não entendi direito! 

— Bianca tá grávida — falei. 

— Mentira — ouvi seu riso. — Meu Deus a Babi tá grávida — berrou. 

Afastei o celular do ouvido e dei risada. 

— Pois é — falei. 

— Sério isso? — Débora gritou. 

— Cala boca Débora! — Lohany murmurou. — Vou passar ai mais tarde — disse. 

— Não se preocupe, deixa que eu passo ai — murmurei. 

— Tá bom! — falou divertida. — Não esqueça que o aniversário dela é em três dias. 

Obrigado por avisar. 

— Eu nunca esqueceria o aniversário dela — passei a mão na cabeça. 

— Se você diz — murmurou. — Tchau! 

— Tchau! — desliguei. 

Larguei o celular em cima do sofá e caminhei em direção a cozinha, desliguei o fogo e coloquei a sopa no prato.

— Caralho, tá quente — sacudi a mão. — Porra!

Coloquei dois pães com queijo e presunto no prato e enchi o copo com suco de acerola, coloquei tudo sobre a bandeja e saí do cozinha com a mesma nas mãos. 

Subi as escadas devagar e caminhei pelo corredor, empurrei a porta com o pé e coloquei a bandeja em cima do criado mudo. 

— Babi?! — toquei suas costas. 

Ela murmurou alguma coisa e virou para o outro lado. 

— Babi? — balancei sua perna. 

— Que foi? — murmurou. 

— Você precisa comer alguma coisa — falei. 

— Não quero — se cobriu. 

Puxei o lençol e joguei em cima da cadeira. 

— Claro que você quer — a encarei. — Tem que comer por dois agora, não acha? 

— Vai começar esse papo chato? — sentou na cama. 

 𝙾 𝙳𝙾𝙽𝙾 𝙳𝙾 𝙼𝙾𝚁𝚁𝙾Onde histórias criam vida. Descubra agora