Bianca Aguilar
Abri os olhos devagar sentindo a cabeça doer, a luz do sol que entrava pela janela queimava minha perna. Sentei na cama e passei a mão no rosto, prendi o cabelo em um coque enquanto encarava o quarto.
Roupas jogadas pelo chão, maço de cigarro em cima do criado mudo.
— Aposto que fiz alguma merda — murmurei.
Neto adentrou o quarto com uma cara de deboche e me encarou com meio sorriso.
— Já era hora de acordar — falou.
— Me diz que a merda que eu fiz não foi tão grande, por favor!
— A merda que você fez foi enorme — cruzou os braços.
Joguei a cabeça para trás e cobri o rosto com as mãos.
— Lohany vai me matar — falei.
— Ela já sabe que você tá aqui.. — disse. — Liguei para o Lucca ontem e pedi para ele avisar — caminhou até o guarda-roupas. — Ela mandou isso.. — jogou uma bolsa em cima da cama.
Abri a bolsa e vasculhei a mesma atrás de um comprimido.
— Acho que você sabe onde é o banheiro — saiu do quarto.
— Acho que você sabe onde é o banheiro — murmurei e revirei os olhos. — Estupido!
Peguei minha toalha na bolsa e caminhei até o banheiro, entrei fechando a porta e tirei a camisa do neto a pendurando junto a toalha, tirei a cueca boxe e liguei o chuveiro.
Depois de um banho super demorado, saí com a toalha em volta do corpo e entrei no quarto fechando a porta. Me sequei e vesti minha calcinha, logo em seguida um short jeans rasgadinho, coloquei o sutiã e uma regata branca.
Sequei o cabelo com a toalha e prendi de qualquer jeito, calcei a melissa, joguei a bolsa no ombro e saí do quarto.
Desci as escadas rapidamente e caminhei em direção a porta.
— Já vai? — Neto perguntou.
O encarei sentado no sofá.
— Não, vou morar aqui!
— A casa é grande — levantou. — Se quiser pode ficar a vontade.
Revirei os olhos.
— Valeu ai pela ajuda, tô indo — abri a porta.
— Vou te acompanhar — disse.
— Não precisa meu bem, eu sei ir sozinha — o encarei.
— Se não quiser levar uma bifa por ai é bom aceitar que eu te leve — indagou.
— Outra bifa? — cruzei os braços. — Porque você me deu uma ontem né.
— Você falou algo que não deve falar a homem nenhum.
— Desculpa se eu ofendi sua masculinidade — coloquei a mão no peito. — Que ser humano horrível que eu sou.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝙾 𝙳𝙾𝙽𝙾 𝙳𝙾 𝙼𝙾𝚁𝚁𝙾
Teen Fiction+18| Ela se apaixonou pelo moleque da favela, ele fazia tudo errado mas amava ela. #3 em ficção adolescente. [23.02.2019] #10 em ficção adolescente. [31.01.2019] #1 em ficção adolescente. [17.05.2018] ©2016 por Vitória Almeida. Todos os direitos res...