Capítulo trinta e dois

38.4K 2.1K 380
                                    

Guilherme Dash

Abri os olhos rapidamente assim que ouvi o celular tocar, estiquei o braço e peguei o mesmo em cima do criado mudo. 

— Alô! — murmurei. 

— Fala boneca — Lucca deu risada. 

— Tem o que fazer não porra? — passei a mão no rosto. — Ligando essa hora — sentei na cama. 

— Porra, saí de casa cedo — falou. — Lohany tá me enchendo o saco! 

— Você saiu de casa pela madrugada? — resmunguei. 

— São 08:00 horas da manhã viado — ouvi seu riso. 

Encarei o relógio na parede e cocei os olhos. 

— Aqui ainda são 05:00 da madrugada, posso fazer nada — bocejei. — Como tá as coisas ai? — perguntei. 

— Tudo tranquilo! — falou. 

Caminhei até a janela e encarei a rua escura, apenas a luz amarelada do poste e a neve caindo. 

— Tá nevando aqui caralho — passei a mão na cabeça. — É muito foda! 

— Trás um pouco de neve para mim — pediu.

— Vai derreter — revirei os olhos. — Vou desligar, quando amanhecer por aqui eu te ligo! 

— Amei sua foto todo engravatado para impressionar o sogrão — deu risada. 

— Tchau Lucca! — desliguei. 

Coloquei o celular em cima do criado mudo e sentei na ponta da cama, passei a mão no rosto e encarei Babi, puxei o lençol a cobrindo e toquei sua testa, ela abriu os olhos assustada. 

— Tá sentindo alguma coisa? — perguntei. 

Ela negou com a cabeça. 

— Tô bem! — murmurou. 

Peguei a toalha em cima da mala e adentrei o banheiro, tirei a roupa pendurando junto a toalha e abri o box, liguei o chuveiro e deixei a água quente cair por minhas costas. 

Saí com a toalha em volta da cintura e encarei o relógio na parede, coloquei a roupa de dormir em cima da poltrona e abri a mala com cuidado, peguei uma cueca box preta a vestindo e uma calça jeans de lavagem clara, vesti uma camisa cinza de manga cumprida e passei a mão nos cabelos. 

Coloquei meu relógio no pulso e passei perfume, sequei os pés e calcei as havaianas outra vez.

— Frio do caralho.. — murmurei. 

Peguei o celular colocando no bolso e saí do quarto fechando a porta, desci as escadas e caminhei pela sala de visitas em direção a cozinha. 

— Bom dia Guilherme — Débora sorriu. — Dormiu bem querido? 

— Bom dia! — falei. — Dormi sim.

 𝙾 𝙳𝙾𝙽𝙾 𝙳𝙾 𝙼𝙾𝚁𝚁𝙾Onde histórias criam vida. Descubra agora