Capítulo noventa e três

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Bianca Aguilar 

Revirei os olhos e passei a mão pela garganta ao sentir um mal-estar.

— Quero alguma coisa para por na boca, tô meio enjoada.. — resmunguei.

— Alguma coisa para colocar na boca né safada?! — Débora sorriu maliciosa e me empurrou de lado. 

— Você é uma pervertida — dei risada. 

— Vou comprar sorvete para gente.. — Lô murmurou. — Já volto! 

Deitei no tapete da sala e levei as duas mãos a cabeça, eu estava meio tonta.

— Quê que tu tem doida? — Débora me encarou. 

— Não sei.. — indaguei. — Tô enjoada. 

— Deve tá grávida — disse. 

— Tá louca?! — sentei no tapete. — Não pode ser isso, deve ser pressão baixa mesmo. 

— Ué.. — deu risada. — Tá com medo de mais um par de quadrigêmeos? 

Levei as duas mãos ao rosto e respirei fundo. 

Só pode ser brincadeira com a minha cara, santa porra abençoada em Guilherme. 

— Não comenta nada com o Ryan — a encarei. — Ele pode comentar com o Neto. 

— Fica tranquila.. — falou. 

Lohany adentrou a sala com três potinhos de sorvete nas mãos, ela me entregou um e o outro a Débora, sentou no sofá logo em seguida. 

— Bianca tá grávida — Débora falou. 

Lohany tossiu e cuspiu todo sorvete que já tinha colocado na boca. 

— O quê? — arregalou os olhos. 

— Débora! — a repreendi. — Não é verdade amiga, só estou meio enjoada, isso não quer dizer nada.. — levei a colher a boca. 

— Tenho dois testes guardados, eu já estava cansada de ir comprar — rolou os olhos. — Fiz meu próprio estoque — levantou. — Vou pegar e você faz. 

— Tudo bem! — respirei fundo. — Mas não comenta com o Lucca, ele é maior fofoqueiro. 

— Pode deixar — deu risada. 

Subimos as escadas e fomos direto para o quarto da Lohany, ela pegou os testes dentro da gaveta da cômoda e me entregou. 

— Anda logo, vai rápido — Débora me empurrou. 

— Calma caralho. 

— Quanto mais você demorar é pior — Lô me encarou. — E se a galera chegar ai fudeu. 

Neto saiu com o Ryan, Lucca e as crianças para decidir o tema do aniversário dos meus filhos.

— Tudo bem, tudo bem! — levantei as mãos em forma de redenção.

 𝙾 𝙳𝙾𝙽𝙾 𝙳𝙾 𝙼𝙾𝚁𝚁𝙾Onde histórias criam vida. Descubra agora