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Capítulo oitenta e dois

Guilherme Dash

Terminei de me arrumar e caminhei até a cama, sentei na ponta e toquei as costas da Bianca.

— Amor? — murmurei. 

— Me deixa em paz — cobriu a cabeça.

Grossa. 

— Temos que tomar café para ir embora — falei. 

— A gente tem mesmo que ir? — descobriu a cabeça e me encarou. 

— Infelizmente sim!

— Que merda, estava tão bom! — sentou. 

— Como eu já disse haverá outras viagens.. — alisei seu rosto. 

— Eu sei — sorriu de lado. 

— Agora vai se arrumar — levantei. 

Ela levantou a contragosto e me deu um selinho, pegou o roupão e adentrou o banheiro. 

Caminhei até o hall e segurei o muro, encarei o mar e sorri, estava perfeito para um mergulho hoje. 

Meu celular começou a tocar, peguei o mesmo no bolso e atendi logo após ver quem era. 

— Fala Kleber.. — passei a mão na cabeça. 

— Voltando hoje? — perguntou. 

— É, daqui a pouco embarcamos.. — falei. — Tudo certo ai? 

— Sim, tudo certo — pigarreou. — Nós tem muito lero pra bater quando tu voltar. 

— Jaé, nós resolve tudo. 

— Jaé mermo, boa viagem de volta — disse. 

— Valeu, fé! — desliguei. 

Bianca logo saiu do banheiro, não perdemos tempo e fomos logo tomar café. Aproveitamos nossas últimas horas sentamos em volta de uma mesa muito farta. 

Bianca comeu de tudo, tudo mesmo. Ela abriu a barbilha do short e continuou comendo sem parar. Sempre colocando a culpas nas crianças é claro.

Quando ela finalmente se deu por satisfeita, saímos do restaurante e caminhamos para a entrada do hotel. 

— Vou devolver a chave do quarto, já volto — falei. — Olha a mala!

Caminhei até a recepção e me direcionei ao balcão de atendimento. Entreguei a chave e assinei alguns papéis. 

— Tenham uma boa viagem e obrigada pela preferência, voltem sempre! — a moça sorriu gentilmente. 

— Obrigado! 

Saí do hotel e como já era de se esperar, Bianca não estava onde eu tinha deixado. Caminhei pela área de lazer e de longe pude vê-lá próximo a piscina conversando com uma garota. Elas pareciam se conhecer a anos pela intimidade.