Capítulo oitenta e nove

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Guilherme Dash

Lohany se despediu de mim e saiu do hospital para ir buscar a galera.

Caminhei até o elevador e entrei no mesmo, apertei o botão do segundo andar e me encostei no espelho. Assim que a porta se abriu, caminhei até a lanchonete. 

— Boa dia.. — a atendente falou. 

Antes que eu pudesse responder, surge outra voz. 

— Laura, deixa que eu atendo ele — Alice a encarou. — Bom dia Neto! — sorriu. 

— Ah, bom dia! — falei. — Me vê um pedaço dessa torta aqui.. — apontei no vidro. — E um copo de coca-cola. 

— Seu pedido é uma ordem.. — sorriu. — Só um minuto. 

Sentei no banco de frente para o balcão e peguei o celular, tinha mensagens da Lohany perguntando se precisa trazer mais alguma coisa para os meninos. 

Alice colocou meu pedido em cima do balcão. 

Peguei o copo de coca-cola e dei um gole, logo em seguida parti um pedaço da torta com o garfo e levei a boca. 

Alice apoiou os dois braços no balcão e ficou me encarando comer, o que me deixou bem irritado, odeio quando ficam me encarando. 

— Que foi? — a encarei. 

— Ah, nada — sorriu. 

Terminei minha coca-cola e estava dando as últimas garfadas na torta quando uma sirene muito alta começou a tocar.

— Quer merda é isso? — perguntei. 

— Não sei, nunca aconteceu antes — disse. — Mas aposto que é algo ruim. 

Eu também aposto nisso. 

Coloquei uma nota de 20 em cima do balcão e desci correndo pelas escadas, as pessoas estavam nervosas umas se batendo nas outras para descer a escadas. Eu estava a ponto de sair chutando geral. 

Cheguei no último degrau e bati de frente com Ryan e Lucca. 

— Que merda é isso? — Ryan perguntou.

— É o que eu quero saber. 

Caminhei em direção ao quarto da Bianca e eles vieram atrás de mim, me bati com dr. Alan assim que entrei no corredor. 

— Que merda é essa? — o encarei. 

Ele ficou em silêncio, sem esboçar nenhuma reação. 

— Tá ouvindo não tio? — Lucca tocou meu ombro. 

— Levaram um dos seus filhos — disse. 

Dei dois passos para trás e coloquei a mão no peito, suas palavras me acertaram em cheio, doeram mais que qualquer tiro que já tomei. E não foram poucos! 

Senti uma fúria tomando conta de mim, peguei ele pelo jaleco e o encostei na parede. A maldita sirene ainda tocava, cada vez mais alto me deixando mais irritado. 

 𝙾 𝙳𝙾𝙽𝙾 𝙳𝙾 𝙼𝙾𝚁𝚁𝙾Onde histórias criam vida. Descubra agora