Capítulo quarenta e dois

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Bianca Aguilar 

Entrei fechando o portão e caminhei pelo hall em direção a sala, pude ouvir os gritos de Lohany.

— Pode pegar tudo e guardar — berrou. — Eu arrumei isso agora Sofie!

— Não foi eu mamãe! — gritou chorosa. 

— Não, foi sua avó! — falou. — Pode pegar tudo agora senão vai apanhar. 

Ouvi seus passos pelo corredor e logo ela desceu as escadas segurando a barriga, me encarou sorrindo. 

— Quanto tempo tá ai? — perguntou. 

— Tempo o suficiente para ouvir você culpar a vó da criança — falei. 

Lô deu risada e sentou no sofá passando as mãos no rosto. 

— Acabei de me matar arrumando aquele quarto para ela ir bagunçar tudo, tenho cara de puta? — me encarou. — Por favor, não responda! 

Dei risada e neguei com a cabeça. 

— Amiga, sua barriga tá mexendo — toquei. 

— Sempre que tô estressada ela mexe — alisou a barriga. 

— Talvez ela não goste de ver a mamãe estressada — a encarei. 

— Talvez a mamãe não consiga não se estressar com o papai e a irmãzinha! — falou. — Eaí, como foi lá no hospital? 

— Tranquilo, o safado tá implicando com os meus chocolates. 

— Mas ele tá certo, não é bom comer muito doce, tem que ter limite — disse. — Coisa que você não tem.

— Af — resmunguei. — Você vai colocar essa para fora quando? 

— Assim que ela quiser — deu risada. 

— Lohany vê se segura essa xereca de pentelho vermelho depois que essa menina nascer — falei. 

Ela me encarou por alguns segundos na tentativa de segurar o riso mas acabou gargalhando. 

— Você é idiota — colocou a mão no peito. — Quem te disse que meu pentelho é vermelho? 

— Tô deduzindo! 

— Minha buceta é carequinha — disse. — As vezes ela começa entrar em transição mas eu corto tudo de novo. 

— Podia fazer trança embutida, ia ficar bem top — levantei. 

— Credo — deu risada. 

— Vou ver a Sofie! — caminhei em direção a escada. 

— Vou na cozinha fazer o que comer — falou.

Subi as escadas e caminhei pelo corredor em direção ao quarto da Sofie, me encostei na porta e fiquei a encarando guardar os brinquedos. 

— Dinda.. — sorriu. 

Caminhei em sua direção e beijei sua cabeça. 

 𝙾 𝙳𝙾𝙽𝙾 𝙳𝙾 𝙼𝙾𝚁𝚁𝙾Onde histórias criam vida. Descubra agora