Capítulo oitenta e oito

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Bianca Aguilar 

Um mês depois...

Ninguém me contou que o oitavo mês gestativo era do caralho assim. Essa noite não consegui sequer dormir, muitas dores no pé da barriga.

Também não quis ir ao hospital, sempre que vou dizem que é normal e tenho que voltar para casa comendo minhas dores. 

— Vou sair, qualquer coisa me liga — Neto falou. — Se sentir alguma coisa, me liga também. 

— Fique tranquilo. 

Ele caminhou em minha direção e me deu um selinho demorado.

— Só não demora, por favor.

— Não vou! — disse. 

Hoje é dia de reunião de 'negócios'. 

Assim que Guilherme saiu, peguei minha barra de chocolate que estava escondida embaixo da almofada e abri. Liguei a televisão e mudei os canais a procura de algo digno enquanto comia. 

Meu celular vibrou embaixo da minha perna, peguei o mesmo com dificuldade e atendi. 

— Oi pai! 

— Tá tudo bem? — perguntou rapidamente. 

— Tá sim! — falei. — Porque? 

— Nada, só queria saber — indagou. — Débora disse que sonhou com você a noite toda!

— Vish! — murmurei. — Tô bem sim, só umas dores comuns.

— Graças a Deus! — disse. — Vou desligar, tenho que trabalhar. Te amo! 

— Também te amo. 

Bloqueei a tela do celular e joguei em cima do sofá, levantei prendendo o cabelo e caminhei em direção ao banheiro para esvaziar a bexiga. 

Subi as escadas e caminhei pelo corredor, abri a porta do quarto e entrei, caminhando rapidamente em direção ao banheiro. 

Depois de quase 1 litro de xixi, levantei vestindo a calcinha, o short logo em seguida. Saí do banheiro fechando a porta e me espreguicei. 

O berço que compramos chegou ontem a tarde, Guilherme armou aqui no quarto mesmo, nós conversamos e achamos melhor deixar eles aqui conosco nos primeiros dias. Quando estiverem maior, colocamos eles no quarto deles.

A bolsa da maternidade já está pronta, eu vivo arrumando e desarrumando ela a todo instante, cheia de ansiedade. 

Saí do quarto e caminhei pelo corredor, abri a porta do quarto dos meninos e sorri, estava a coisa mais linda, ainda com poucos móveis, mas ainda assim lindo. 

Desci as escadas devagar com a mão em volta da barriga e adentrei a cozinha, abri a geladeira e peguei o resto da lasanha de ontem a noite, coloquei um pedaço no prato e levei ao microondas. 

Caminhei em direção a sala e peguei o controle, fiquei passando os canais procurando algum filme bacana para assistir. 

 𝙾 𝙳𝙾𝙽𝙾 𝙳𝙾 𝙼𝙾𝚁𝚁𝙾Onde histórias criam vida. Descubra agora