Capítulo setenta e cinco

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Bianca Aguilar 

Eu ainda segurava o buquê de rosas azuis e tentava não cair com aquele vestido longo e o peso da barriga. Débora passou na frente e me deu a mão, segurei sua mão e desci um pequeno batente. 

O vente bateu calmo em rosto, virei o rosto e fiquei totalmente paralisada o ver todos ali, todos que tem de fato uma grande importância para mim. 

Meus olhos rapidamente se encheram de lágrimas, levei uma das mãos a boca e sorri. 

Neto estava no pequeno altar, ele me encarou e sorriu para mim, parecia nervoso e apreensivo. Sorri de volta e ele pareceu relaxar mais. 

Meu pai caminhou em minha direção. 

— Pai.. — chorei.

— Minha menina — me abraçou. — Não acredito nisso! — alisou minha barriga. 

O encarei chorando e respirei fundo. 

— Não borre a maquiagem! — passou a mão abaixo dos meus olhos, limpando minhas lágrimas. — Tá linda. 

— Obrigada pai.. — sorri entre as lágrimas.

Ele entrelaçou seu braço ao meu e sorriu, me recompus e sorri de volta. Caminhamos até a ponta do tapete e aquela tradicional musiquinha de casamento começou a tocar, meu coração saltitou, ele ia acabar saindo pela minha goela. 

A cada passo que eu dava, me aproximando do altar, fogos de felicidade eram soltados dentro de mim. 

— Nervosa? — papai sussurrou. 

— Eu amo ele, estou tão certa disso — sussurrei de volta. 

Papai sorriu e acariciou minha mão. 

Passei pelo banco onde; Lohany, Lucca e Ryan estavam, eles sorriram e acenaram para mim, sorri de volta. 

Nos aproximamos do altar, papai tirou seu braço do meu e beijou minha testa, apertou a mão do Guilherme.

— Felicidades para vocês! — disse. 

Minha respiração estava pesada, era possível ver meu peito subir e descer, não fui capaz de dizer sequer uma palavra, eu estava literalmente sem elas. 

— Te amo.. — Neto beijou meu pescoço. — Para sempre!

Ficamos de frente para o padre e as pessoas ao redor sentaram. 

— Bianca e Guilherme, viestes aqui para celebrar o vosso matrimônio. É de vossa livre vontade e de todo o coração que pretendeis fazê-lo? — nos encarou. 

Neto me encarou e sorriu, sorri de volta para ele. 

— Sim! — respondemos. 

— Vós que seguis o caminho do matrimônio, estais decididos a amar-vos e a respeitar-vos, ao longo de toda a vossa vida?

— Sim! — respondemos. 

— Estais dispostos a receber amorosamente os filhos como dom de Deus e a educá-los com amor? — perguntou.

Essa devia ser uma daquelas perguntas retóricas, porque não precisava de uma resposta. 

 𝙾 𝙳𝙾𝙽𝙾 𝙳𝙾 𝙼𝙾𝚁𝚁𝙾Onde histórias criam vida. Descubra agora