Capítulo sessenta

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Bianca Aguilar

Abri os olhos devagar e me espreguicei na cama, encarei Guilherme dormindo e sentei em cima das costas dele. 

— Toma safado! — bati em sua bunda. — Toma. 

Ele levantou a cabeça e me encarou por sobre o ombro, me fazendo cair deitada na cama. 

— Tá doida? — murmurou sonolento. 

— Não — dei risada. — Mas foi engraçado. 

Ele se ajeitou na cama e passou a mão no rosto. 

— Só queria ficar na cama por horas e horas — falou. 

— Você pode tudo meu amor — levantei. 

— Mas eu quero que você fique comigo — segurou meu braço. 

— Seria meu sonho de princesa — sorri. — Mas não posso amor. 

Ele revirou os olhos e soltou meu braço. 

Peguei a toalha em cima da cadeira e entrei no banheiro fechando a porta. Liguei o chuveiro e deixei a água cair por minha cabeça, enquanto passava a mão pelo corpo. 

Depois de todas as higienes matinais feitas, saí do banheiro com a toalha em volta do corpo. 

— Achei que ia ficar na cama por horas e horas — indaguei. 

— Seria meu sonho de princesa — me imitou. 

Revirei os olhos e abri o guarda-roupas, vesti uma calcinha boxe e logo em seguida minha roupa super confortável de mendiga. 

Penteei os cabelos e fiz um rabo de cavalo alto, passei perfume e calcei as havaianas, peguei meu celular e saí do quarto fechando a porta. 

Desci as escadas e caminhei em direção a cozinha, Mel correu atrás de mim e lambeu meu pé. 

— Meu amor, coisa gostosa de mãe — a carreguei. 

Ela latiu e lambeu meu braço. 

— Seu pai é um idiota — a coloquei no chão. — Nem comprou sua ração filha — murmurei enquanto abria o armário. — Olha só, não tem nada! 

Coloquei as coisas do café sobre a mesa e sentei. 

Abri o pote de nutella e passei um pouco na torrada, coloquei achocolatado no copo e bebi. 

— Você gosta de nutella filha? — coloquei um pedaço da torrada no chão. — Come ai, é gostoso! 

Ela comeu rapidamente e abanou o rabo querendo mais. 

— Só depois, vou comprar sua ração. 

Neto adentrou a cozinha com os cabelos molhados e semicerrou os olhos. 

— Tá falando com quem maluca? 

— Com a Mel — levei o copo a boca. — Ela é muito inteligente! — enfiei uma colher de geleia na boca. 

 𝙾 𝙳𝙾𝙽𝙾 𝙳𝙾 𝙼𝙾𝚁𝚁𝙾Onde histórias criam vida. Descubra agora