Capítulo setenta

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Bianca Aguilar 

Algum tempo depois...

Me encarei no espelho por alguns segundos procurando algum defeito no meu look, para enfim poder chorar por alguns minutos e criticar todas as minhas roupas.

Hoje finalmente termina meu contrato com a empresa Bastlle, as revistas fizeram bastante sucesso de acordo com Daniel, participei de três campanhas diferentes. 

Minha madrasta ligou animada dizendo que me viu em uma das revistas, eu tentei não pirar de felicidade. 

Saí do quarto com o celular nas mãos e caminhei pelo corredor, desci as escadas devagar, segurando no corrimão para não descer embolando. Sentei o sofá e encarei as horas no celular. 

Neto falou que me acompanharia até a empresa para que eu pudesse pegar meu pagamento. 

Disquei o número do Guilherme, ele atendeu no segundo toque. 

— Amor, onde você tá? — perguntei. — A gente não pode se atrasar, o Daniel tem uma reunião. 

— Oi m-meu a-anjo.. — a ligação falhou. — Vai na frente, a gente se encontra lá. 

— Tá tudo bem? — alisei a barriga. 

— Sim, te encontro lá! — disse. 

— Tá bom então.. — dei de ombros. 

— Te a-amo! — desligou. 

Peguei minha bolsa em cima do balcão e coloquei em volta do ombro, peguei a chave do carro e saí de casa. 

Entrei no carro e respirei fundo, coloquei a bolsa no carona e fechei a porta. Girei a chave na ignição e arrastei morro abaixo. 

Para minha felicidade, peguei o trânsito livre. Dirigi na velocidade permitida e ainda assim consegui chegar lá em menos de 25 minutos. Estacionei o carro em uma das vagas disponibilizadas pela empresa e desci do carro pegando apenas o celular. 

Caminhei para o lado de dentro da empresa enquanto ajeitava a roupa. 

— Bom dia srtª. Aguilar — Helena sorriu. 

Isso mesmo, quero respeito. 

— Bom dia Helena — sorri de volta, tão falsa quanto ela. 

Entrei no elevador e apertei o botão do sétimo andar, enquanto o elevador seguia seu percusso, aproveitei para limpar um borrado de rímel abaixo dos olhos. 

Caminhei pelo corredor assim que as portas se abriram, na verdade eu quase me rastejei pelo corredor, meus pés estão inchados e doloridos, não sei o que é fazer unha a quase três semanas. 

Abri a porta da sala do Daniel e entrei, ele estava sentado atrás de sua mesa, em frente ao computador. 

— Achei que não viria mais — sorriu, se pondo de pé. 

O quê? Perder meu dinheiro?! 

— Só me atrasei, foi mal — passei a mão na testa. — Impressão minha ou esse corredor ficou mais longo? — apontei. 

 𝙾 𝙳𝙾𝙽𝙾 𝙳𝙾 𝙼𝙾𝚁𝚁𝙾Onde histórias criam vida. Descubra agora