Capítulo quarenta e cinco

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Guilherme Dash

Eu podia muito bem iniciar agora uma troca de tiros e matar esse infeliz, mas ele tá no controle, ele tem meus maiores bens em suas mãos.

- Lucca tá indo por trás - Ryan sussurrou. - Precisamos ganhar tempo.

Balancei a cabeça positivamente.

Dei dois passos a frente e Mateus deu dois para trás arrastando a Bianca junto.

- Cara, vamos conversar - Ryan o encarou. - O que tu quer? Precisa de grana? - perguntou. - Você sabe que a gente tem muita grana.

- Só falar o valor - Kleber murmurou. - Mas solta a Bianca.

Ele nos encarou e deu risada.

- Tudo que eu preciso tá aqui - beijou o rosto dela. - Ela é meu passe livre para sair daqui.

- Eu vou matar você - murmurei entre os dentes.

- Não me ameaça não amigo - balançou a arma. - Vai que por um descuido eu aperto o gatilho.. - deu risada. - Seria muito trágico.

- Porque isso Mateus? - Ryan negou com a cabeça. - Logo você cara.

- Cala boca você também seu pé no saco - gritou. - Eu vou embora nesse carro e não quero que ninguém me siga

- Neto, não deixa ele me levar - Babi chorou.

- Mateus, conversa comigo - abaixei a arma. - Por favor, não leva ela, eu te imploro - dei um passo.

- Não chega perto! - apontou a arma em minha direção.

Bianca me encarou com os olhos lacrimejados.

Lucca apareceu no fim do estacionamento, atrás do Mateus, ele caminhava devagar na tentativa de se aproximar e agir por trás.

Parei de encara-ló e voltei a conversar com Mateus para ganhar mais tempo e entretê-ló.

- Quem sabe um dia você possa nos visitar - falou. - Quando você aceitar que perdeu.

Ele realmente está fora de si.

- Para de falar merda cara, você sabe que isso não vai dá em nada - Kleber o encarou.

- Cala boca seu velho, não se mete! - gritou.

Lucca estava cada vez mais próximo, mas parecia uma eternidade.

Eu não conseguia raciocinar direito, o medo tomando conta de mim por completo, Mateus com meu mundo inteiro nas mãos.

- Vamos fazer uma troca - o encarei.

- Que troca? - pareceu interessado.

- Te dou o morro, te entrego ele se você me devolver ela - estendi a mão. - O morro é todo seu!

- Você daria seu trono por uma mulher? - sorriu.

Não é qualquer mulher porra, é a Bianca, minha mulher, minha grossa, meu amor.

 𝙾 𝙳𝙾𝙽𝙾 𝙳𝙾 𝙼𝙾𝚁𝚁𝙾Onde histórias criam vida. Descubra agora