Capítulo noventa

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Bianca Aguilar 

Abri os olhos devagar ao ouvir choro de bebê, virei para o lado e cobri minha cabeça com o edredom. Logo lembrei que meus filhos já tinham nascido, puxei o edredom rapidamente e sentei na cama, cocei os olhos e caminhei até o berço.

Bernardo se esperneava no berço, a ponto de acordar os irmãos. O que seria super trágico a essa hora da madrugada. 

— Calma rapaz.. — o carreguei. 

Caminhei em direção a cama e sentei com as costas na cabeceira, coloquei o seio para fora e dei de mamar a ele. Enquanto ele sugava o máximo que conseguia, eu alisava seus poucos cabelos e cantarolava uma canção de ninar que meu pai cantava para mim.

— Desce gatinho, de cima do telhado, para ver, para ver, se o Bernardo dorme sossegado.. — cantarolei. 

Não demorou muito para que ele se entregasse ao sono outra vez, levantei com ele nos braços e o deitei no berço, ajeitei o seio para dentro da blusa do pijama e voltei para cama. 

Deitei na cama bem devagar e fechei os olhos. 

— Que foi amor? — Neto murmurou sonolento. 

Agora você acorda. 

— Bernardo acordou, mas já tá dormindo de novo! — falei. 

Ele murmurou algo que eu não consegui decifrar e passou o braço em volta da minha cintura, beijou meu pescoço e me puxou para ele. Fechei os olhos e forcei o sono. 

[..]

Abri os olhos ao ouvir uma música infantil muito chata vindo do andar de baixo, sentei na cama e me espreguicei. 

— Cacete, eu só fechei os olhos e já é manhã! 

Levantei a contragosto e caminhei em direção ao banheiro, escovei os dentes e lavei o rosto, sequei na toalha e saí do banheiro prendendo o cabelo em um coque alto. 

Peguei o celular em cima do criado e saí do quarto com ele nas mãos, caminhei pelo corredor e desci as escadas. 

Neto estava cochilando no sofá, os meninos estavam no bebê conforto e a televisão estava ligada com a música chata tocando. 

— Amor? — toquei suas pernas. 

— Ah, cadê ele? — abriu os olhos. 

Dei risada e levei a mão a boca. 

— Ele quem? — semicerrei os olhos. 

— Que susto — levou a mão ao peito.

— O que é isso aqui? — encarei os meninos. 

— Arthur acordou o Kevin, que acordou o Lorenzo que acordou o Bernardo — disse.

— Cacete, me atrapalhei toda — cocei a cabeça. — Tem o quê para comer nessa casa?!

— Vou preparar algo para você comer — levantou. — Enquanto isso você alimenta os meninos — me deu um selinho. 

 𝙾 𝙳𝙾𝙽𝙾 𝙳𝙾 𝙼𝙾𝚁𝚁𝙾Onde histórias criam vida. Descubra agora