Bianca Aguilar
Abri os olhos devagar ao ouvir choro de bebê, virei para o lado e cobri minha cabeça com o edredom. Logo lembrei que meus filhos já tinham nascido, puxei o edredom rapidamente e sentei na cama, cocei os olhos e caminhei até o berço.
Bernardo se esperneava no berço, a ponto de acordar os irmãos. O que seria super trágico a essa hora da madrugada.
— Calma rapaz.. — o carreguei.
Caminhei em direção a cama e sentei com as costas na cabeceira, coloquei o seio para fora e dei de mamar a ele. Enquanto ele sugava o máximo que conseguia, eu alisava seus poucos cabelos e cantarolava uma canção de ninar que meu pai cantava para mim.
— Desce gatinho, de cima do telhado, para ver, para ver, se o Bernardo dorme sossegado.. — cantarolei.
Não demorou muito para que ele se entregasse ao sono outra vez, levantei com ele nos braços e o deitei no berço, ajeitei o seio para dentro da blusa do pijama e voltei para cama.
Deitei na cama bem devagar e fechei os olhos.
— Que foi amor? — Neto murmurou sonolento.
Agora você acorda.
— Bernardo acordou, mas já tá dormindo de novo! — falei.
Ele murmurou algo que eu não consegui decifrar e passou o braço em volta da minha cintura, beijou meu pescoço e me puxou para ele. Fechei os olhos e forcei o sono.
[..]
Abri os olhos ao ouvir uma música infantil muito chata vindo do andar de baixo, sentei na cama e me espreguicei.
— Cacete, eu só fechei os olhos e já é manhã!
Levantei a contragosto e caminhei em direção ao banheiro, escovei os dentes e lavei o rosto, sequei na toalha e saí do banheiro prendendo o cabelo em um coque alto.
Peguei o celular em cima do criado e saí do quarto com ele nas mãos, caminhei pelo corredor e desci as escadas.
Neto estava cochilando no sofá, os meninos estavam no bebê conforto e a televisão estava ligada com a música chata tocando.
— Amor? — toquei suas pernas.
— Ah, cadê ele? — abriu os olhos.
Dei risada e levei a mão a boca.
— Ele quem? — semicerrei os olhos.
— Que susto — levou a mão ao peito.
— O que é isso aqui? — encarei os meninos.
— Arthur acordou o Kevin, que acordou o Lorenzo que acordou o Bernardo — disse.
— Cacete, me atrapalhei toda — cocei a cabeça. — Tem o quê para comer nessa casa?!
— Vou preparar algo para você comer — levantou. — Enquanto isso você alimenta os meninos — me deu um selinho.
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Teen Fiction+18| Ela se apaixonou pelo moleque da favela, ele fazia tudo errado mas amava ela. #3 em ficção adolescente. [23.02.2019] #10 em ficção adolescente. [31.01.2019] #1 em ficção adolescente. [17.05.2018] ©2016 por Vitória Almeida. Todos os direitos res...