Capítulo sessenta e um

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Bianca Aguilar 

Terminei de fechar a roupinha da Sara e passei a mão em seus cabelos. 

Bateram na porta. 

— Sofie, segura sua irmã para ela não cair da cama, tá bom? — levantei. 

— Tá bom dinda — falou. 

Saí do quarto e desci as escadas, caminhei pela sala e destranquei a porta, abri logo em seguida. 

Guilherme passou por mim e se jogou no sofá. 

O encarei com os olhos semicerrados e fechei a porta, caminhei em sua direção e levantei seu rosto, fazendo ele me encarar. 

Seus olhos estavam vermelhos.

— O que você fez Neto? — soltei seu rosto. — Você fumou?! 

Ele levantou com dificuldades e me abraçou, seu cheiro era de puro álcool e maconha. 

— Eu te amo.. — indagou. 

— Me solta! — o empurrei no sofá. — Você disse que não ia mais usar essa porcaria — gritei. 

— Babi.. — deu risada. — Eu te amo! — tentou levantar. 

— Ama uma porra, seu idiota — gritei. 

Ouvi passos na escada. 

— Dinda? — Sofie chamou. 

— Fica com sua irmã, eu já vou! — falei. — Vai, sobe. 

Ela balançou a cabeça positivamente e subiu os degraus outra vez. 

— Deita aqui — Guilherme segurou minha mão. 

— Eu vou deitar o murro na sua cara, não vem atrás de mim não — apontei. — Senão eu vou ser obrigada a te jogar da escada.. Idiota! 

Caminhei em direção a escada e subi rapidamente, caminhei pelo corredor e entrei no quarto fechando a porta. 

Sofie estava deitada na cama com os bracinhos em volta da cintura da Sara. 

— Dinda, você está chorando? — Sofie perguntou. 

Respirei fundo e passei a mão no rosto. 

— Não meu amor, agora fecha os olhos e dorme — beijei sua cabeça. 

Deitei na ponta da cama, ao lado da Sara e cantei umas musiquinhas infantis para que ela pudesse dormir. 

Não levou 10 min para que Sara e Sofie caíssem no sono, aproveitei que ambas estavam dormindo e chorei, levei as duas mãos ao rosto e chorei de raiva. Raiva por ama-ló tanto, por sempre desculpa-ló mesmo quando eu deveria ir embora. 

— Eu sou uma idiota! — murmurei. 

[..]

Abri os olhos devagar e passei a mão no rosto, somente Sara estava acordada, balançando as mãozinhas. 

— Já acordou meu amor? — sentei na cama. — Tá com fome? — a carreguei. 

 𝙾 𝙳𝙾𝙽𝙾 𝙳𝙾 𝙼𝙾𝚁𝚁𝙾Onde histórias criam vida. Descubra agora