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Capítulo quarenta

Guilherme Dash

Saí de casa com a chave do carro na mão e tranquei o portão da frente, entrei no carro e coloquei a chave na ignição arrastando morro abaixo.

Acordei mais cedo que o normal hoje, na verdade nem consegui dormir com esse assunto de mensagens anônimas. 

Estacionei em frente a boca e desci do carro, abri a porta e adentrei. 

— Deu formiga na cama? — Kleber me encarou. 

— Cadê o Ryan? — perguntei. 

— Lá no fundo — disse. — Tá tudo bem? 

— Não, não tá — falei. — Ryan? — chamei. 

Ele apareceu na porta do corredor e me encarou. 

— Qual foi viado? — perguntou. 

— Vê se tu consegue rastrear esse número, quero saber quem é esse filho da puta — estendi o celular. 

Ele pegou o celular da minha mão e encarou as mensagens. 

— Qual foi aqui rapaz? — murmurou. 

— Estão mandando mensagens anônimas para Bianca, quero saber quem é! — falei. 

— Jaé! — me deu as costas. 

Sentei na cadeira e passei a mão no rosto. 

— Não tem ideia de quem seja? — Kleber perguntou. 

— Pior que não — falei. — Não em mente agora, mas tô louco para descobrir quem é! — o encarei. — Precisa de ajuda aqui? — perguntei. 

— Não, tá suave! 

— Jaé, vou me sair então — levantei. — Mais tarde colo aqui. 

— Fé! 

Saí da boca fechando a porta e destravei o carro, entrei no mesmo colocando a chave na ignição e arrastei morro acima parando na porta de casa em questão de segundos. 

Entrei fechando o portão e caminhei até a sala, Bianca estava deitada no sofá assistindo desenho. 

— Oi — falei.

— Oi amor — disse sem me encarar. 

— Tudo bem? — tirei o celular do bolso. 

— Meu celular sumiu — sentou no sofá. — Não sei onde coloquei. 

— Levai para o Ryan, ele vai tentar rastrear — a encarei. 

— Ah, tudo bem! — falou. — Eu achei que tinha perdido ele — deu de ombros. — Precisamos ir no mercado. 

— De novo?

— Você acha que uma compra dura um ano? — semicerrou os olhos. 

Eu ia responder mas ela correu para o banheiro do andar de baixo, caminhei atrás dela e empurrei a porta.