...ran

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Ele limpou a garganta e parou de gargalhar, mas um sorriso ainda brincava em seus lábios. Ele abriu a boca depois riu um pouco então suspirou, as mãos pousaram nos quadris por um tempo enquanto ele se recompunha até ele se abaixar e pegar o prego, ele o ergueu e examinou.
- Um prego? Não faz idéia de como isso é tolice. Nem se furasse meu olho ia servir. Só ia doer um pouco por um tempo. Se tivesse feito algo maior, como as estacas de vampiros e acertasse direitinho bem no centro do meu coração sem desviar um milímetro aí, talvez, eu morresse.
Ele não estava me levando a sério e eu achava que ele provavelmente estava certo. Eu era um fracasso. Nenhum plano meu funcionaria. O prego não funciona. Ele não tem horários é como se saísse quando o chamassem ou desse vontade e eu já não sabia se era ddia ou noite, além daquele urro sinistro do lado de fora. Ele sorria de lado quando me estendeu o prego. Eu permaneci parada ele pegou minha mão e colocou o prego nela.
- Se isso a faz se sentir mais confiante... Gosto de um desafio.
Louco e canalha. Eu queria dizer, mas com que coragem? O assassino era indestrutível, se ele falasse a verdade.
- Agora, eu devo ensinar uma certa bruxa onde ela não pode meter o nariz.
Ele se virou e parou na metade do caminho em direção a porta enquanto eu imaginava quanto ainda faltaria de distância se eu tentasse usar aquele prego no coração dele.
- E por favor, tire uma soneca. Está acabada.
Ele fechou a porta bem a tempo de evitar meu prego lançado. A gargalhada dele ecoou pelo corredor.
Olhei para o quarto. O que eu era agora? Alguma espécie de garota tentando sobreviver mil e uma noites? Soltei um suspiro, encarei a cama e por um segundo realmente quis me jogar nela e dormir, mas o assassino deitado nela parecia real então voltei para minha marcada poltrona gigante. Me encolhi na posição fetal e repassei planos e tentei formar novos até me emtregar ao sono. Meus olhos piscaram e eu estava dormindo. Não sei quanto tempo eu tinha ficado sem dormir, mas caí em um sono profundo, o sono dos justos.



Quando abri meus olhos eu não estava na poltrona. Pelas cobertas eu podia confirmar, além de estar muito macio abaixo de mim. Abri os olhos e estava vendo o teto de pedra. Olhei para um lado, mais cama, vazia graças aos céus, para o outro e vi o guarda roupa e a poltrona, também solitários então me sentei e vi o assassino de costas para mim, sentado à mesa. O encarei e me perguntei se eu devia falar, mas logo me respondi com um determinado não. Eu queria sair da cama, mas não queria fazer barulho e chamar atenção para mim. Então fiquei ali até ele se levantar e olhar para mim. Me levantei imediatamente já sem razão para me manter naquele pedaço de nuvens.
- Está bem melhor agora, passarinho.
Ele andou na minha direção e eu recuei indo para a poltrona, a contornaria se preciso.
- Não sei exatamente como fazer isso. Mas... confie em mim...
- Em um assassino canalha?
Não consegui segurar a língua. Ele parou e suspirou. Ele passou a mão pelos cabelos e aquilo me lembrou de Ryan nervoso fazendo o mesmo, eu precisava vê-lo.
- Tirya, eu sou seu amigo.
Tirya? Ele sabia meu nome!
- Amigo?
Ri da idéia mais louca que eu tinha escutado. O encarei. Ele me olhava ternamente. Um olhar estranho. Engoli em seco e hesitei.
- Quem é você?
Mais uma vez eu perguntava aquilo, só que eu enfim tive uma resposta.
- Meu nome é Sefran. Eu quero ajudá-la.
Sefran... Sef? Não podia ser mera coincidência. Ele era o lobo? O lobo que tinha me ajudado?
- Sef?
Ele acenou e então sumiu sendo substituído por um lobo negro enorme. Caí na poltrona com o susto.

×××
Capítulo maior, um tantinho, pq eu li os últimos comentários.
Kkkkkk
Eu entendo... sou meio lenta mesmo.
Mas aí nesse cap teve bastante informação, não?

Cidade de Magia - Aprisionada por EspinhosOnde histórias criam vida. Descubra agora