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#Visão Atena

A festa seguiu até de tarde mas antes que acabasse Ayami já havia ido embora.

E estavam todos se divertindo muito, dançavam e riam a todo momento.

Tomo um drink até meus olhos encontrar Sook, era a primeira vez que o tinha visto desde que cheguei.

Ele estava mudado.

E eu precisava fazer algo ainda.

Saio do meu lugar bebo todo o drink caminhando até Sook.

- Olá diretora! Que bom que voltou, estava sentindo sua falta. - falava ele com os olhinhos semi fechados pelo sorriso.

Como pode ter acontecido algo desse tipo com ele?

- Nem me fala criança, eu estava sentindo muita falta de vocês. Posso conversar com você um minutinho? - digo sorrindo simpática.

- Claro senhora. - ele deixa o copo no balcão e me segue até minha sala.

- Pode se sentar, tenho algo pra te dar. - digo fechando a porta e ele me olhando curioso.

- Tenho que me preocupar? - disse rindo de nervoso.

Pego um envelope e o entrego.

Ele olha durante um tempo enquanto eu estava sentada no sofá a sua frente.

Ele respira fundo e abre.

" Venho pedir perdão pelo meu ato ilícito. Não respeitei as normas e nem sua vontade, agindo assim por impulso. Não suportava pensar que ela estava tão perto e não pudesse ser minha.
Ela recusou inúmeras vezes, mas minha ilusão fez de mim um miserável.
A culpa foi inteiramente minha. A forcei a fazendo o que não queria, e mesmo como vítima, não se defendeu como uma agente.
Por mais que a agarrei a força beijando-a, ela ainda me respeitou como colega de trabalho não me machucou em nenhum momento, embora tivesse motivos para tal coisa.
Eu sei que pedir perdão não vai trazer seu espaço afligido, seu caráter machucado.
Foi apenas um beijo, nada além aconteceu, por escolha dela mesmo. Talvez se ela não saísse o mais rápido possível enquanto estávamos nos beijando eu a teria forçado a fazer outras coisas.
Diretora Atena me pediu sinceridade, e sim, estou sendo tão claro quando a água, não tenho pra onde correr.
Tenho total noção da minha punição e reconheço que mereço, porque em momento algum Ayami demonstrou estar confortável.
Aceito qualquer punição que vier por agir como um animal.
Ayami foi a vítima dessa situação, e sei que não haverá uma próxima vez.

Ass: Shin "

Sua assinatura era autenticada.

Naquele dia em que tranquei Shin no quarto o obriguei a escrever uma carta a próprio punho sobre o que tinha ocorrido, dizendo que era uma declaração de punição reconhecida.

Mas nem era o foco, eu queria apenas pra mostrar a Jungkook o que de fato aconteceu.

Pra ele mesmo tirar suas conclusões.

- Desculpa. - falava baixinho Sook secando suas lágrimas.- por estar chorando como um bobo. - falava soltando uma fungada.

Eu o olhava, ver a verdade e libertador mas ainda sim machuca.

- Agora sabe da verdade. - falei me leva dando e escorando na mesa a sua frente.

- Eu não sabia que a senhora sabia... - falava soluçando.

- Ninguém nunca sabe de nada, isso me deixa irritada. - faço um bico e logo sorrio.

- Eu tento todo dia ser forte, mas isso ainda está tão marcado aqui dentro. - dizia chorando olhando pra baixo passando a mão no peito.

- Isso eu não sabia. - falei levantando a sombrancelha. - você estava fingindo muito bem, quase que não te dou a carta achando que já tinha superado. - falo cutucando sua bochecha.

- Ainda bem que me deu mesmo assim, e não, eu luto todos os dias pra tentar ser uma pessoa melhor, e ser forte. - falava soltando o ar.

- Eu admiro muito sua força Jeon. - falo prestando atenção nele.

- O pior momento da minha vida foi ver ela chegar e não poder dar um abraço de saudade, ela cortou o cabelo! Eu, eu fiquei tão apaixonado! Ela está tão linda! Nossa eu fiquei me xingando por dentro por me apaixonar novamente por alguém que tinha me traído. Foi tão difícil a ignorar, tão difícil comprimentar o idiota do Shin! Eu quero matar aquele cara no soco! Não sei como aguentei tanto... - falou passando as mãos no cabelo.

Eu olhava pra ele com uma vontade muito grande de o abraçar, porém só sorri, ele é tão simples.

Vejo que nada mudou seu verdadeiro eu.

- Não sei como eu vou pedir isso, mas deixe Shin conosco, ele vai receber a punição a altura.

- Eu... acha que devo ir falar com ela? - perguntou me olhando com os olhinhos vermelhos.

É, parece que todo aquele homem intocável, de aço, maduro que estava na minha frente, agora tinha sumido.

- Não sei o que vai fazer agora, mas já sabe da verdade, qualquer coisa que escolher, vai fazer já sabendo o que de fato aconteceu. E meu papel não deixar nenhum mal entendido.

- Será que ela ainda tá acordada? - falei sem perceber.

- Não pensa criança, corre atrás que tenho certeza que dá tempo. - falei indo atrás dele passando a mão nos seus cabelos.

Ele deu uma respirada forte e se levanta.

- Ela ainda é a mulher da minha vida. - fala sorrindo de lado deixando a carta em cima da mesa.

- É assim que se fala. - digo piscando pra ele.

Ele vem e me abraça em forma de agradecimento.

Um abraço tão gostoso, uma abraço tão necessitado.

Acho que consegui tirar o peso de seu coração.

- Gostei das tuas tatuagens, te deixou com cara de mafioso. - falei brincando.

- Não senhora, só se for mafioso do bem! Não levo jeito pra ser mal não. - falava soltando uma gargalhada de criança.

Penso comigo, não mesmo.

Ele me agradece e sai correndo.

Pra onde ele vai eu não sei, mas independente de onde Ayami estiver, ele vai procurá-la até achar.

matriz 8163Onde histórias criam vida. Descubra agora