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Bae parecia não desconfiar de nada, e eu não parava de pensar em como eu iria contar algo assim, em quem eu ia confiar algo assim, estava muito perdida, e logo agora que todos estão tendo um tempo de descanso, que droga.

Eu e Bae comemos e fomos pra CSM, até que tinha esquecido um pouco o que tinha acontecido, estava mais leve, mas assim que entro na organização e vejo Atena e Nick se aproximando meu coração doí, tudo o que Tatsuo tinha me contado estava travado em minha garganta, não queria que nenhum deles estivessem em perigo, agora que faço parte de tudo, logo agora que tenho um lugar pra voltar quando tudo acaba, alguém pra contar, não posso deixar que nada nem ninguém tire isso de mim ou machuque quem eu amo, por agora eu não vou comentar com ninguém, vou tentar resolver com as minhas próprias mãos, sim é isso.

Sem contar o problema que Dae é irmão gêmeo de Tatsuo, será que de fato ele não faz ideia que tem outro dele do bem?

- Cloth doll? Você esta bem? Ficou triste do nada. - falou Bae um tanto preocupado com a mão no meu ombro.

- Ah, não, é que fiquei zonza de repente, deve ser pelos medicamentos.- digo tentando minimizar a preocupação dele.

- Quer que eu ligue pra Jin? - pergunta pegando o celular na mão.

- Bae, eu gosto dessa sua compreensão , mas não esquece que eu sei me cuidar, eu sou forte, não se preocupa, isso não é nada, eu tô ótima. - falei sem me importar muito, demonstrando força.

Do nada estava crescendo uma raiva imensa dentro de mim, eu odeio ser vitima, odeio me sentir inútil, eu estou na guerra desde dentro da barriga da minha mãe, meus pais também eram agentes secreto, uns dos melhores na época, e sim, minha mãe ia pra missões comigo na barriga, e isso nunca foi empecilho pra ela perder, pelo contrario, ela falava que eu era seu amuleto da sorte, sempre quando eu estava com ela se tornava mais forte por mim, ela era meu exato exemplo de guerreira, não aceito ser menos que ela, meu pai era meu herói, do jeito dele, todo torto, todo destemido e desafiador das leis, eu fui forjada nisso, não tem como eu me esconder, e agora, que eles já não estão mais aqui, eu preciso ser a força dos dois, é isso o que eles esperam de mim.

Então, desde que existo, nunca perdi uma luta se quer, e agora vou ficar de mãos atadas? Desistir não é uma opção.

- Claro, eu exagerei. - ele disse sorrindo olhando pra baixo.

- Estou tão feliz por você não estar deitada naquela cama, nossa, meu Deus. - falou Atena vindo me abraçar.

- Ela é forte, até que ela ficou tempo de mais. - falou Nikolay sorrindo.

- Parando pra pensar, é verdade. - Atena falou sorrindo indo pegar o gatinho sem pelo do colo de Nikolay.

- Gente, que tal irmos agora escolher o presente da nossa nova integrante? - perguntava Bae pra Nick e Atena.

- Eu acho ótimo, estou sem fazer nada mesmo. - falou Nick sorrindo pra Atena.

- Ah, eu achei que já ia pra casa, bom, é melhor fazer isso agora mesmo. - respondeu e olhou pra Nick.

Falando em Nick, ele me parece feliz hoje, deve ser porque aquele urubu deu um tempo.

- Presente? - perguntei sem entender.

- Uma lembrancinha, vem. - falou Atena entregando o gatinho pra Nick me puxando pra garagem.

- Um não, dois, não esqueçam, não vou pagar tudo sozinho não. - dizia Nick com uma cara de indiferença fazendo carinho no Horus.

Atena vai dirigindo e eu no banco do carona, logo atrás os meninos.

- O que vocês estão aprontando? - perguntei.

matriz 8163Onde histórias criam vida. Descubra agora