050

35 6 128
                                    

Depois de um tempo, Jin sai da sala e vem em minha direção.

- Me dá uma carona? Tenho que comprar um carro aqui, mas ainda não tive tempo. - disse.

- Claro, e tem mesmo, não vou ficar sendo sua taxista. - falo e ele ri pegando em minha mão, para irmos.

No caminho de ida pra casa de Jin, pegamos muito transito pela forte chuva que desabou.

Sorte que não tivemos que sair do carro, saímos da garagem direto pra garagem de Jin, então não nos molhamos.

- Orra, achei que tava acontecendo o Apocalipse. - disse rindo saindo do carro.

- Achei que nunca iríamos chegar. - falei entrando na casa de Jin. Ele entrou e já deixou sua jaqueta pendurada.

- Enfim, lar doce lar, fica à vontade, minha casa é sua. - disse tirando os sapatos e correndo pra geladeira.

Sua casa era linda e sofisticada, nada muito grande, e sim aconchegante.

Sua sala era espaçosa e sua casa inteira era em tons de branco e bege com prata e dourado.

Seu sofá era de camurça preto e sua cozinha... Bem...

Sua geladeira era daquelas que se abre parecendo um armário.

Tinha mesa americana de mármore branco no meio da cozinha, seus armários era tudo de vidro, e um balcão enorme com fogão.

Cozinha de chefe, sempre falo, se nada der certo, focar na culinária.

Eu chego, tiro os sapatos e já pego água, enquanto Jin já coloca a maioria das coisas no fogo.

Pego uma maçã e sento literalmente em sua mesa pra o olhar fazendo comida.

- Se ficar beliscando as coisas vai acabar ignorando meu rango mocinha. - disse lavando as carnes me olhando.

- Com a fome que eu tô? Acho difícil. - falei rindo.

- Me dá uma mordida que eu não encho seu saco então. - disse se aproximando.

Ele pega uma mordida e já volta pra fazer as coisas.

- Jin... Queria te falar uma coisa. - digo olhando para meus pés balançando.

- Fala. - disse pegando os molhos no armário.

- Temos uma conduta na CSM de não ter relacionamento algum dentro ou fora da organização. Tipo um acordo. - e ele me olha atento concordando com a cabeça. - mas aconteceu algo hoje e eu estava repensando nisso.

- O que aconteceu? - perguntou colocando a carne no micro-ondas pra terminar de descongelar, se apoiando no balcão me olhando.

- Eu sei que é errado, ou não, eu sei de vários casais oficiais na organização.

- Como? Dentro? - disse confuso.

- Sim, porém eu só sei porque sou observadora e preciso estudar as pessoas que trabalham comigo, acontece que eu deixo passar, eu só peço que ninguém desconfie pois estariam aflingindo uma regra e eu teria que puni-los. - falo gesticulando.

- Hm. - disse colocando as carnes no forno.

- Mas, mesmo juntos escondidos, eles sabem valorizar o trabalho, e são muito profissionais, então basicamente, não muda seu relacionamento, mas é chato ter que pegar eles escondidos se tratando normal, sendo que poderiam estar fazendo isso sem correr perigo. - falo e ele se escora na mesa do meu lado me escutando atentamente.

- Que louco, nunca imaginei. - disse rindo.

- Pois é, eu tô pensando em tirar esse requisito de não ter relacionamentos sabe, eu sei que posso confiar plenamente em todos ali, tendo relacionamento ou não, e acho que se for algo aberto, fica mais confortável pra ambas as partes e quem sabe, não melhore ainda mais. Mas tenho medo de estar ficando louca e não ser uma boa ideia, o que acha? - pergunto o olhando.

matriz 8163Onde histórias criam vida. Descubra agora