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Tatsuo me olhava intensamente.

- Também ficamos tão assustados como você.

- Ah por Deus, isso é impossível, tudo o que era raiz minha não existe mais, vem cá, o que vocês querem? Me fazer de idiota? Maldita hora que eu vim ajudar vocês. - disse indo até sua cama  e se deitando de barriga pra cima.

- Tá bom... Só não diz que eu não avisei, mais cedo ou mais tarde, vai se dar conta, que você não sabe exatamente de nada sobre você. - digo o olhando e logo saindo.

#Visao #Sophie

Mas o que será que Dae quer falar comigo?

E ele não tinha voltado da praia?

Era pra estar descansando não?

Porque eu não tenho coragem de olhar pra ele?

O que está acontecendo comigo cara?

Mesmo assim, fui até a sala de T.I logo batendo na porta.

Ninguém saiu, bati mais três vezes, e nada.

Será que ele não está aqui?

Então tenho a liberdade de abrir a porta e vejo Dae com fones enormes no ouvido girando na cadeira de rodinha pela sala Inteira, dançando de olhos fechados.

Ele estava com os cabelos na cor de sangue?

Achei que fosse impossível ele ficar mais bonito...

Eu fiquei estática, será que interrompo esse momento dele?

Ele parou novamente de frente pro computador e foi pesquisar algo então aproveitei a deixa.

Chegue por trás dele e fui tirando lentamente seus fones enquanto ele foi virando sua cabeça pra trás pra entender quem era ali.

Seus olhos estavam inchadinho, e seu rosto bem mais bronzeado, suas bochechas estavam vermelhinhas, deve ter sido pelo alto grau de calor, e pelo visto estavam ficando ainda mais vermelhas agora...

- Sophie! - disse ele puxando os fones pro pescoço logo se virando, acho que ele havia tomado um susto.

- Precisa de mim? - perguntei sorrindo indo um pouco pra trás.

- Ah... É... Sim, nossa nem vi você entrar. - disse tentando se recompor passando as mãos no cabelo, logo colocando atrás da orelha.

- Bati algumas vezes, mas ninguém atendeu então tomei a liberdade de entrar, fiz mal? - perguntei o olhando.

- Ah... Não... Não, não, nossa, então você me viu dançando... Caraca que vergonha. - disse apoiando o rosto na mão, onde tinha um anel lindo de rosa vermelha.

Esse menino.

Da onde ele tira tanta criatividade pra se vertir?

- Ah, não, não vi nada, não se preocupe. - falei fingindo que nada aconteceu.

- Oh... Meu Deus tenho que ter mais cuidado, as pessoas normalmente não entendem o meu jeito. - disse pigarreando.

- Ah, isso é porque não me viu sozinha. - falo levantando as sobrancelhas.

- Ah, que bom que você me entende. - disse sorrindo.

O meu Deus, que sorriso.

- Então, é, a diretora disse que queria falar comigo? Está tudo bem? - perguntei.

- Ah sim, é claro, está com tempo? Queria tomar um chocolate quente, aceita um café? Hoje o dia está muito frio, e acho melhor conversar comendo alguma coisa. - falou se levantando e indo procurar a carteira.

matriz 8163Onde histórias criam vida. Descubra agora