A Realeza | BTS

Capítulo 7 - Kim SunHee

'Levante'

'Segure firme sua espada'

'Assim que espera me defender?'

' Olhe para mim'

'Não abaixe a guarde'

Essas eram apenas algumas das coisas que ele disse, ele se transformou me ensinando, não era mais aquele garoto curioso e risonho estava serio e concentrado e não deixei de achar aquilo atraente e charmoso; sempre ouvi que Jeongguk era o melhor espadachim dos sete reinos e o melhor em lutas corporais e admito que tinha curiosidade de ver.

Hoje tive esse privilegio e uma plateia de cerca de cinco pessoas também teve, toda vez que me chamava atenção e dizia as ordens de ataque sua voz soava mais grossa e poderosa, ele daria um ótimo rei se confiasse em si mesmo e parasse de achar que ser da realeza é uma prisão.

'Você não esta tendo foco!'

Ajeitei minha postura novamente e o ataquei, sentia o cansaço em meu corpo e o suor escorrer por minha testa, mas não queria parar, queria mostrar para ele que podia ser a melhor, que podia o proteger e o surpreender.

'Isso é tudo que tem?'

Como ele podia se transformar daquele jeito? O menino tímido do dia anterior havia sumido e desde as sete da manha ele se mostrava um líder nato, era incrível o jeito que impunha a espada e como me provocava para dar o meu melhor, segundo ele eu estava apresentando melhoras porem de forma lenta e desagradável aos seus olhos, o que me matava era a sinceridade que os príncipes continham, eles demonstravam gostar ou odiar algo sem ter medo. Por outro lado era melhor ter alguém assim do que uma realeza mentirosa e manipuladora.

Minhas mãos doíam e meus braços martelavam, mas eu não queria parar, queria melhor, devia melhor. Forcei o golpe mais duas vezes contra o alvo, estava tão concentrada que não o ouvi, somente quando ele gritou que paralisei.

- PARE, EU DISSE CHEGA! – ele segurou meus pulsos

Minhas mãos estavam tremulas e as bolhas haviam estourado, ele alternava os olhares entre minhas mãos e meu rosto, eu não sentia dor, a adrenalina era tanta que eu não sentia nada.

- Temos que descansar, comer algo e fazer curativos em suas mãos.

- Eu estou bem!

- Extravasar suas frustrações não vai adiantar de nada, isso tem que ser para o seu bem!

- E O QUE VOCÊ SABE SOBRE ISSO? – sim eu gritei, eu me alterei, estava cansada de todos dizerem que estava tudo bem, não estava nada bem; ser uma escudeira não era nada bom!

- Acredite eu sei muito bem.

Foi só ai que a ficha caiu, quem era eu para falar algo? Ele estava fugindo por estar anos preso em algo que não o fazia bem, e eu apenas estava lidando com aquele peso há poucos meses.

- Ei raio de sol – ele continuou se concentrando em fazer os curativos em minhas mãos – não se sinta mal, você tem um ótimo futuro na frente e não prometo não pegar tanto em seu pé.

- Obrigada! – ele me encarou finalmente – por não desistir da que não te entendia.

- Eu que agradeço por tudo.

Seu sorriso aqueceu meu coração e lá estava aquele garoto tímido novamente, cheio de carisma e cheio de deveres, como lidar com algo assim? Como lidar com tantas coisas e continuar sendo daquele jeito? Algo que queria muito descobrir.

Depois de lanchar ele me ensinou alguns golpes: defesa, ataque e guarda; como minhas mãos estava machucadas ele exigiu que eu descansasse para pegar em uma espada novamente, explicasse a Moon o motivo de ter parado os treinos e ainda afirmou que eu melhoraria cada vez mais se tivesse firmeza e concentração; ele me encorajou e consolou ao mesmo tempo.

Sentar em baixo da cerejeira e descasar foi a melhor coisa do dia, eu não fazia ideia da hora só sabia que estava cansada e que o dia havia sido produtivo...

- Obrigada por me ensinar tudo que sabe...

- Eu não te ensinei nem metade! – ele disse olhando para o horizonte – mas sei que seremos uma ótima dupla!

- Eu também...

Minha fala foi interrompida com uma meia dúzia de pessoas pomposas chegando em seus devidos cavalos e com certeza coisa boa não viria, ao meu lado Jeon parecia congelado e olhava atentamente cada movimento daqueles que vinham em nossa direção:

- Príncipe Jeongguk, finalmente te achamos! – aquele parecia o instrutor de dias atrás – o Rei aguarda sua presença, me acompanhe.